O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira o arquivamento do processo de cassação do deputado Sandro Mabel (PL-GO) por 340 votos contra 108. Com isso, os direitos políticos do deputado ficam garantidos.No total, votaram 467 deputados. Foram registrados 465 votos válidos, 2 votos nulos, 17 abstenções e nenhum voto em branco. Para que o deputado fosse cassado erram necessários 257 contrários ao parecer do relator do processo, Benedito de Lira (PP-AL).
Segundo o relator, não há provas presenciais de que Mabel tenha oferecido dinheiro à deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO) para que mudasse de partido, motivo pelo qual foi aberto o processo por decoro parlamentar contra o deputado goiano.
Patrimônio moral
Sandro Mabel comentou a decisão do Plenário da Câmara de arquivar a representação em que o PTB pedia a perda do seu mandato por falta de decoro. Ele agradeceu os 340 votos favoráveis ao arquivamento e disse que agora respira aliviado, depois de passar por 153 dias de angústia.
"Resgatei o meu patrimônio moral, e estou disposto a mostrar todas as minhas contas aos deputados que quiserem explicações", afirmou. Mabel garantiu que não guarda mágoas de ninguém. "Não trago o ódio no meu coração", ressaltou.
>Mabel afirmou que desde a abertura do processo "foram 153 dias de agonia" em sua vida. E que "a preocupação maior não era com o futuro político, mas com o compromisso de ordem moral" com seus cerca de 150 mil eleitores.
O deputado disse que "deve esse resgate aos parlamentares que acreditaram na minha inocência". Ele destacou que durante as investigações não se afastou do partido nem foi rejeitado por seus companheiros. E que depois de ter colaborado com as investigações, foi inocentado pela Corregedoria da Câmara, pelas CPIs dos Correios e da Compra de Votos, e pelo Conselho de Ética.
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