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O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, disse ontem que a crise dos últimos meses envolvendo pessoas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva "mudou completamente as perspectivas das eleições do próximo ano". Segundo César Maia, do PFL, "o problema (da corrupção) está muito enrolado, já que a investigação está ainda recém-começada e, além disso, na última semana surgiram mais problemas com o irmão do presidente (Genival Inácio da Silva)". Diante deste novo panorama, César Maia, que tinha expressado várias vezes sua disposição em se candidatar às eleições presidenciais do próximo ano, disse que "não sei se vou me apresentar, porque o quadro mudou muito".
"O PFL caminha cada vez mais junto com o PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nós já estivemos juntos e mais uma vez a união entre os dois partidos é muito importante", disse. O PSDB analisa os nomes do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, como possíveis candidatos. Se alguns deles se apresentasse, César Maia renunciaria a essa possibilidade.
O prefeito considerou também que "o PT, que há quatro meses tinha um grande favoritismo, está perdendo isso, e esta vai ser uma eleição competitiva". Há "uma grande expectativa sobre como o eleitor vai reagir a este processo de desgaste monumental dos políticos em geral, e isso pode gerar um tipo de reação que não é possível precisar", acrescentou.
"O governo Lula teve uma baixa capacidade gerencial, e todo o Governo que não tem desta capacidade termina fazendo coisas pequenas, a curto prazo", disse Maia. César Maia disse que "o Governo Lula já terminou, do ponto de vista da capacidade de governar, e sua legitimidade de Governo caiu".
O prefeito carioca participa hoje e amanhã da Cúpula da União de Cidades Capitais Ibero-Americanas, que reúne em Madri prefeitos ou responsáveis das Prefeituras do Rio de Janeiro, Brasília, Assunção, Barcelona, Bogotá, Buenos Aires, La Paz, Lima, Madri, Manágua, México, Montevidéu, Panamá, Quito, San José de Costa Rica, San Salvador, Santiago do Chile, Santo Domingo e Sucre.
Para César Maia, "esta reunião de cidades capitais pretende tratar os problemas que têm de financiamento", e outros problemas que acontecem em todas as grandes cidades. Não se trata de tirar conclusões, disse o prefeito, mas de "trocar experiências e afirmar a necessidade de que as grandes cidades sejam tratadas com um regime especial".
Amanhã, César Maia irá a Paris para assistir a diversos atos do Ano do Brasil na França. Sobre a viagem feita em maio por algumas cidades do norte da Europa, César Maia disse que são "excursões a convite dos prefeitos para estabelecer laços de fraternidade, de troca de experiências".
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