A Fifa, entidade que administra o futebol mundial, descartou se intrometer no escândalo de arbitragem do futebol brasileiro, que tem o juiz Edílson Pereira de Carvalho como pivô de um esquema de manipulação de resultados.
Nem mesmo no caso de corrupção dentro de uma competição internacional, a Copa Libertadores da América, a entidade quer envolvimento.
"Quando é competição brasileira, a responsabilidade é da federação brasileira CBF. Quando é torneio sul-americano, é da Conmebol. A Fifa não se envolve nisso", disse Markus Siegler, diretor de comunicação da Fifa, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Edilson Pereira de Carvalho apitou dois jogos na Libertadores e confessou ter manipulado a vitória do Banfield, da Argentina, sobre o Alianza Lima, do Peru, por 3 a 2. Se houvesse um resultado diferente no jogo da primeira fase, o classificado para a fase mata-mata poderia ser outro.
O porta-voz da Fifa disse ainda à Folha de S.Paulo que o escândalo no Brasil deve ter o mesmo rumo de um caso parecido ocorrido recentemente na Alemanha.
"Foi a federação alemã, e não a Fifa, que agiu nesse caso", afirmou Siegler, lembrando do caso de manipulação de partidas na Europa, no qual foi aberto processo contra 25 pessoas.
O tribunal da federação alemã analisou jogos sob suspeita, validando alguns e anulando outros. O Hamburgo, clube prejudicado no caso de corrupção, recebeu indenização.
|