STJD descarta paralisação, mas admite anulação de jogos

 

Esporte - 25/09/2005 - 19:00:41

 

STJD descarta paralisação, mas admite anulação de jogos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Luiz Zveiter, afirmou neste domingo que não há chances de o Campeonato Brasileiro ser paralisado e ter uma virada de mesa após a revelação de manipulação de resultados pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho, mas admitiu que as partidas que forem comprovadas irregularidades podem ser anuladas."O Brasileiro não pára sob hipótese nenhuma. O máximo que pode acontecer é a anulação de alguma partida que deverá ser jogada de novo", afirmou Zveiter, que descartou também a chance de futuros rebaixados permanecerem na elite em 2006. "Não há possibilidade de virada de mesa, a não ser que o presidente do STJD seja demitido." Dentre os 11 jogos que foram apitados por Carvalho, três já foram analisados e não correm risco de anulação, segundo Zveiter. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, as três partidas são Juventude 1 x 4 Figueirense, São Paulo 3 x 2 Corinthians e Fluminense 3 x 0 Brasiliense. Os outros oito estão sub-júdice. "Eu não estou dizendo que três jogos podem ser anulados, estou dizendo que esses não podem ser anulados. Os outros oito ainda serão analisados pelo STJD", explicou, sem especificar quais seriam as partidas já analisadas pelo STJD. Disposto a encerrar o escândalo, Zveiter deu prazo para o final das investigações, pelo menos por parte da justiça desportiva. "Eu pretendo, em duas semanas, liquidar com esse assunto. Estamos trabalhando já neste domingo e começamos a recolher os depoimentos. Os procedimentos devem demorar no máximo duas semanas", disse. Zveiter também isentou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de qualquer culpa ou participação no esquema que abalou o futebol nacional. "Um cidadão mau-caráter e bandido fabricou resultados e a CBF não tem nada a ver. A entidade não tem responsabilidade", explicou o dirigente, que desencorajou torcedores a tentarem processar a entidade. "Não vamos confundir isso com Estatuto do Torcedor. Se o torcedor pagou ingresso e um bandido praticou um crime, cabe ao torcedor cobrar deste cidadão e não da entidade ou dos organizadores. Se punir a CBF, vai ter que punir a Fifa também?", concluiu Zveiter, que confirmou que o Campeonato Paulista é a competição que mais sofreu com as fraudes.

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