O prefeito de Nova Orleans informou nesta segunda-feira que há corpos flutuando nas águas que inundaram a cidade com a passagem do furacão Katrina. Cerca de 200 pessoas seguem refugiadas nos telhados de casas da cidade, declarou Nagin. A polícia estima que 13 pessoas já tenham morrido por conta da passagem do Katrina pelos Estados Unidos. Só no estado do Mississippi, o furacão matou três pessoas nesta segunda-feira.
Em Nova Orleans, Louisiana, pelo menos 20 prédios caíram e a população só deverá voltar a suas casas em 48 horas para verificar os danos causados por Katrina, disse o prefeito à televisão local WWL.
Kathleen Blanco, governadora do estado, revelou que alguns barcos foram enviados a Nova Orleans para resgatar centenas de pessoas ilhadas, muitas nos tetos das próprias casas. Blanco disse à imprensa que algumas zonas de Nova Orleans ficaram "devastadas pela violência dos ventos e da inundação, mas as informações ainda são parciais".
"O aumento do nível das águas e os fortes ventos ainda representam perigo em algumas zonas" de Nova Orleans, advertiu Blanco.
Três pessoas morreram no domingo em Nova Orleans, aparentemente por desidratação, quando eram evacuadas da cidade.
Hoje, o furacão descarregou sua fúria nos estados de Louisiana, Mississippi e Alabama, provocando destruição de contruções e rodovias e inundações.
A Guarda Nacional disponibilizou cerca de 3,5 mil reservistas em Louisiana que, desde as primeiras horas do dia, realizaram diversas tarefas de resgate, de distribuição de água e de provisão de geradores elétricos.
A instituição também acionou 900 membros do Exército e da Força Aérea, no Mississippi. Outros 600 estão preparados para integrarem a missão na região ainda na noite desta segunda-feira.
O furacão perdeu força nesta segunda-feira à noite e se transformou em tormenta tropical em sua entrada em terra firme, embora continue sendo um perigo, anunciou o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, Flórida (sudeste).
"Katrina é, neste momento, uma tormenta tropical, mas os fortes ventos e as chuvas torrenciais continuam representando um perigo", de acordo com o último boletim do NHC, divulgado às 21h (de Brasília).
Os ventos sopram a cerca de 100 km/h, "uma força capaz de arrancar árvores e criar situações de perigo", advertiu o Centro.
Uma hora antes da divulgação do relatório, o Katrina se encontrava a 250 quilômetros do interior do território americano. A previsão é de que chegue ao Tennessee na terça-feira de manhã.
O presidente americano, George W. Bush, disse hoje que aprovou declarações para que os estados de Louisiana e Mississippi sejam considerados áreas de desastre.
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