O furacão "Katrina" atingiu hoje, segunda-feira, com força os estados do Alabama e do Mississippi, depois que o olho do ciclone passou levemente pela cidade de Nova Orleans, no vizinho estado da Louisiana.
No Mississippi se informou da morte de três pessoas, e no Alabama a fúria dos ventos e da chuva destruiu vidraças, derrubou árvores e postes elétricos nas ruas centrais de Mobile e obrigou a evacuar as casas próximas à costa, disseram fontes policiais.
Como resultado, quase todas as ruas ficaram inundadas, especialmente no setor portuário, enquanto continua a cheia de rios e canais, assinalaram.
Fontes policiais disseram que foi implantado o toque de recolher em alguns dos balneários costeiros para proteger as propriedades cujos donos deverão esperar vários dias para avaliar os danos e iniciar as tarefas de limpeza.
O prefeito de Mobile, Michael Dow, informou que as inundações foram piores que as provocadas no centro da cidade pelo furacão "George" em 1998.
O serviço de distribuição elétrica, Alabama Power, informou que ao redor de 160.000 subestações ficaram sem energia e que se teme que o problema se agrave nas próximas horas devido às inundações.
À deterioração se somaram os tornados que estão ocorrendo em vários setores do estado, principalmente os mais pertos do Golfo do México, indicaram.
As três mortes no Mississippi aconteceram nos condados de Warren, Hunds e Leake, mais de 240 quilômetros ao norte do litoral, disseram fontes dos serviços de emergência.
As autoridades locais confirmaram que a água chegou aos telhados de vários imóveis perto da costa, enquanto nas cidades como Biloxi e Gulfport também há inundações sérias.
O governador, Haley Barbour, fez uma chamada aos cidadãos evacuados das zonas de maior risco para que não retornem a seus lares até que recebam autorização para tal.
"Chegou ao Mississippi como uma tonelada de tijolos. É um furacão terrível", disse Barbour.
Entretanto, o "Katrina", que antes de tocar terra na desembocadura do rio Mississippi, avançava na segunda-feira com ventos de mais de 240 Km/h, se debilitou e agora são de pouco mais de 100 Km/h, disse o Centro Nacional de Furacões (CNH), em Miami.
Em seu último boletim das 16h00 de Brasília, o CNH informou que o olho do "Katrina", a ponto de ficar rebaixado à tempestade tropical, estava cerca de 45 quilômetros ao norte da cidade de Laurel, no estado do Mississippi.
Acrescentou que o "Katrina" avança em direção ao norte a uma velocidade de mais ou menos 24 Km/h, a qual se acelerará nas próximas horas na medida em que siga debilitando-se.
De acordo com a escala Saffir-Simpson, um furacão se transforma em tempestade quando a intensidade de seus ventos fica entre 63 Km/h e 118 Km/h.
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