Brasil endurece com Argentina e repele salvaguardas

 

Economia - 19/05/2005 - 15:52:04

 

Brasil endurece com Argentina e repele salvaguardas

 

Da Redação com Terra

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, admitiu que existem dificuldades na relação comercial com a Argentina, e reiterou sua rejeição ao mecanismo de salvaguardas de proteção industrial proposto por seu vizinho. "As salvaguardas são contrárias ao aprofundamento do Mercosul", disse Palocci. Neste momento, diplomatas dos dois países discutem regras para a importação de vários itens, como vinho e calçados. A Argentina quer aplicar as salvaguardas (regime de proteção automática a sua indústria) para evitar o que considera uma invasão de produtos brasileiros. Palocci garantiu que "as autoridades brasileiras não querem o atraso da Argentina, pelo contrário" e disse que mantém uma relação "essencialmente boa" com o ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna. "Com o ministro (Lavagna) tivemos em Brasília uma longa reunião sobre temas do comércio. Ele ratificou que as dificuldades na relação comercial bilateral continuam e que estas não podem ser tratadas apenas como acordos pontuais entre setores privados", afirmou Palocci. A relação comercial constitui um dos pontos de maior atrito entre os principais membros do Mercosul (também integrado pelo Paraguai e Uruguai), mas também há diferenças sobre temas políticos. Segundo o ministro brasileiro, "é preciso uma ação comum em terceiros mercados". "A indústria brasileira e a argentina têm que olhar para o mundo", disse. "Se nos ocuparmos apenas de disputas bilaterais, vamos perder no comércio do mundo. E no mundo existe uma guerra comercial que não tem impasses. É uma guerra com perdedores e ganhadores. E nós queremos estar com a Argentina para ganhar", advertiu Palocci. Ele propôs a valorização dos investimentos entre Brasil e Argentina, em vez do grande enfoque na disputa entre os dois países, garantindo que esta é a maneira de trazer mais recursos de fora. Entretanto, destacou que "agora se aproxima a solução, já que a Argentina completa a reestruturação de sua dívida (em default) e, sobretudo, exibe um robusto superávit fiscal, que é o que dá confiança aos investidores".

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