"> STF acusado de golpe pelo Wall Street Journal

 

Politica - 27/11/2025 - 15:06:56

 

STF acusado de golpe pelo Wall Street Journal

 

Da Redação .

Foto(s): Divulgação / Abr

 

Supremo Tribunal Federal no centro de polêmica global com artigo do Wall Street Journal comparando ações judiciais no Brasil às manobras autoritárias de Nicolás Maduro na Venezuela. Debate divide esquerda que vê defesa da democracia e direita que denuncia perseguição política.

Supremo Tribunal Federal no centro de polêmica global com artigo do Wall Street Journal comparando ações judiciais no Brasil às manobras autoritárias de Nicolás Maduro na Venezuela. Debate divide esquerda que vê defesa da democracia e direita que denuncia perseguição política.

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro está no centro de uma das mais sérias controvérsias judiciais e políticas de sua história recente. Um artigo de opinião publicado pelo Wall Street Journal em agosto de 2025, assinado pela colunista Mary Anastasia O'Grady, acusa o STF de executar um golpe de Estado ao concentrar poderes judiciais no ministro Alexandre de Moraes, especialmente na condução do inquérito das fake news, aberto em 2019 sem a participação formal do Ministério Público e sem sorteio de relatoria, atuando como vítima, investigador e juiz simultaneamente, o que, segundo o texto, fere os pilares constitucionais da justiça.

Mary Anastasia O'Grady serve como colunista sênior do Wall Street Journal desde 1995 especializada em política economia e negócios na América Latina através da coluna semanal The Americas. Membro do conselho editorial desde 2005 a jornalista formada em Inglês pela Assumption College com MBA em gestão financeira pela Pace University ganhou prêmios como o Bastiat Prize por defesa do liberalismo clássico e críticas a governos de esquerda na região.​

O artigo dela de agosto de 2025 acusa o Supremo Tribunal Federal de golpe de Estado ao centralizar poderes no ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news sem Ministério Público ou sorteio de relatoria com a corte atuando como vítima investigador e juiz. O'Grady compara práticas do STF às do chavismo na Venezuela alertando para erosão democrática e elogiando sanções americanas contra Moraes sob Lei Magnitsky por prisões arbitrárias e censura.​

Reação internacional ganhou tração com porta-voz da Casa Branca compartilhando críticas ao STF e Reuters reportando sanções dos EUA a Moraes e familiares por restringir liberdade de expressão no julgamento de Bolsonaro. Mídia como BBC destacou polêmica com O'Grady defendendo impeachment de Moraes enquanto STF rebateu soberania judicial e condenou interferência externa.​

Esquerda brasileira contesta viés conservador de O'Grady vendo STF como protetor contra golpismo bolsonarista enquanto direita amplifica WSJ para denunciar ditadura togada. Debate expõe tensão entre soberania nacional e escrutínio global com Trump impondo tarifas de 50% sobre Brasil em retaliação à perseguição judicial.

No cenário brasileiro, a esquerda defende o STF como a principal barreira contra ameaças golpistas associadas a setores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, principalmente após os incidentes golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Os ministros do STF argumentam que prisões preventivas, bloqueios em redes sociais e inquéritos são medidas essenciais para proteger as instituições e as eleições brasileiras, especialmente diante da forte polarização política. A decisão de anular condenações do ex-presidente Lula alegando parcialidade do ex-juiz Sergio Moro reforça para esses setores a narrativa de correção de excessos judiciais da operação Lava Jato.

Por outro lado, a direita brasileira e setores conservadores denunciam perseguição seletiva e politização da Justiça, com acusações de censura a críticos e prisões de adversários políticos. O artigo do Wall Street Journal destaca um paralelo com o regime chavista na Venezuela, onde o Tribunal Supremo de Justiça valida eleições sem transparência e suprime vozes dissidentes, comparando a atuação do STF brasileiro à do Tribunal Supremo venezuelano sob Nicolás Maduro. Sob este contexto, lideranças bolsonaristas e conservadoras buscam o impeachment do ministro Moraes para restaurar o que consideram equilíbrio institucional.

Este embate tem repercussões além das fronteiras brasileiras. Autoridades internacionais, incluindo o governo dos Estados Unidos, impuseram sanções ao ministro Alexandre de Moraes sob a Lei Magnitsky, citando prisões arbitrárias e violações da liberdade de expressão no contexto do julgamento do ex-presidente Bolsonaro. A Casa Branca chegou a compartilhar publicamente críticas ao STF, enquanto órgãos internacionais acompanham com atenção o desenrolar dessa crise judicial e política. A polêmica lança luz sobre a tensão entre a soberania nacional e o escrutínio global, exacerbada pela imposição de tarifas de retaliação pelos EUA ao Brasil.

O confronto ideológico entre esquerda e direita ao redor do STF reflete um país profundamente polarizado. Enquanto uns qualificam a corte como guardiã da democracia, outros a veem como ferramenta autoritária que ameaça liberdades civis. No meio disso, a reputação internacional do Brasil como democracia vibrante é posta sob prova, enquanto o tribunal torna-se o foco de debates acalorados sobre o futuro da justiça e da política nacionais.

(*) Com informações das fontes: Wall Street Journal, Gazeta do Povo, BBC, Agência Brasil, CNN Brasil, Reuters, Wikipedia.

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