O Estado-Maior das Forças Armadas da Polônia informou nesta segunda-feira (9) que ativou aeronaves de combate para monitorar o espaço aéreo nacional em resposta a intensos bombardeios russos contra o oeste da Ucrânia.
Segundo comunicado divulgado na plataforma X (antigo Twitter), os caças poloneses e de nações aliadas foram mobilizados ao longo da manhã em caráter preventivo. A medida foi tomada após uma escalada nos ataques aéreos da Rússia em território ucraniano.
“Diante da ofensiva russa, aeronaves entraram em ação e os sistemas de defesa antiaérea e de radar terrestre passaram ao estado máximo de prontidão”, afirmou o Estado-Maior.
Esse tipo de operação é frequente quando mísseis ou drones russos ameaçam áreas próximas à fronteira polonesa, uma vez que o país integra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Na noite de domingo, a região de Rivne, no oeste da Ucrânia, foi atingida por múltiplos mísseis e drones, conforme relato do presidente da câmara local, Oleksandr Tretyak, via Telegram. O governador da região, Oleksandr Koval, descreveu o episódio como uma “noite extremamente difícil” e confirmou ao menos um civil ferido.
A capital ucraniana, Kiev, também sofreu danos em decorrência de um ataque, incluindo a destruição parcial de um edifício, segundo Tymour Tkatchenko, responsável pela administração da cidade.
Do lado russo, o Ministério da Defesa declarou que, na mesma noite, interceptou 49 drones ucranianos em diversas regiões, incluindo áreas de fronteira e até a república de Chuváchia, localizada a cerca de 600 km a leste de Moscou.
Em contra-ataque, as forças ucranianas atingiram o aeródromo militar de Savasleika, na região russa de Nizhny Novgorod, um local estratégico utilizado por caças MiG-31K, conhecidos por transportar mísseis hipersônicos Kinzhal. Segundo as autoridades ucranianas, o ataque danificou um MiG-31 e outra aeronave, possivelmente um Su-30 ou Su-34.
Além disso, o Estado-Maior ucraniano afirmou ter realizado uma ofensiva contra uma fábrica de antenas de drones Shahed, que também produz sistemas de navegação para bombas aéreas e outros armamentos utilizados pela Rússia.
* Com informações da Lusa, Reuters, AFP, entre outros