O governo brasileiro manifestou, nesta terça-feira (26), que “acompanha com expectativa e preocupação” o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela.
O prazo para a inscrição das candidaturas para o pleito presidencial marcado para o dia 28 de julho terminou na madrugada de terça-feira (26) sem que o bloco opositor majoritário, Plataforma Unitária, pudesse inscrever a candidata Corina Yoris, indicada como representante de María Corina Machado, que foi impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos.
“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os Acordos de Barbados”, expressa a nota divulgada pelo Ministério das relações Exteriores.
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Decisão de criticar eleição na Venezuela foi de Lula, dizem fontes
Governo brasileiro emitiu nota manifestando preocupação com o processo eleitoral no país - Publicado em 26/03/2024 às 21:59
A decisão de criticar o processo eleitoral da Venezuela foi do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informaram à CNN fontes diplomáticas. “O presidente é o chefe e se engaja. Como em toda decisão internacional importante”, afirmou um diplomata com conhecimento do assunto.
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o Brasil fez reparos hoje, pela primeira vez, ao processo eleitoral na Venezuela depois que a candidata Corina Yoris não conseguiu registrar sua candidatura no sistema antes do fim do prazo.
Yoris é a indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição de Maria Corina Machado, oposicionista perseguida pelo governo de Nicolas Maduro, que também não pode se candidatar.
“Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições venezuelanas na noite de 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o processo eleitoral naquele país”, diz a nota do Itamaraty.
O texto segue acrescentando que o impedimento do registro da candidatura da oposicionista “não é compatível com o acordo de Barbados” e “não foi até o momento objeto de qualquer explicação oficial”.
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Comunicado do Brasil é intervencionista e parece ditado por EUA, diz Venezuela
Governo de Nicolás Maduro criticou nota de governo brasileiro sobre situação eleitoral de Caracas e as dificuldades de opositores se inscreverem como candidatos - Publicado em 26/03/2024 às 18:06 | Atualizado 26/03/2024 às 19:32
O ministério das Relações Exteriores da Venezuela reagiu nesta terça-feira (26) à manifestação do Brasil sobre a situação eleitoral do país dizendo que o comunicado do governo brasileiro é “cinzento e intervencionista”.
A chancelaria venezuelana repudiou o texto redigido por funcionários do Itamaraty e afirmou “que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. O ministério venezuelano ainda disse que os comentários emitidos “são carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.
O governo de Nicolás Maduro afirmou também que tem mantido “uma conduta fiel aos princípios que regem a diplomacia e as relações amistosas com o Brasil, sendo que em nenhuma hipótese, emite, nem emitirá juízos de valor sobre os processos políticos e judiciais” brasileiros.
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