O papa João Paulo 2o. nomeou no domingo 31 novos cardeais, deixando talvez pela última vez sua marca no grupo que um dia escolherá seu sucessor. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Oscar Scheid, foi um dos indicados.
A maioria dos novos cardeais, provenientes de diversos continentes, têm menos de 80 anos e, portanto, seria elegível para integrar a reunião que elegerá o sucessor após a morte do atual pontífice.
A lista do papa deixou de fora o arcebispo Sean Patrick O'Malley, recentemente convocado para chefiar a arquidiocese de Boston, nos Estados Unidos, seguindo-se a um escândalo de abuso sexual de crianças. Esperava-se que ele fosse indicado, mas o Vaticano não deu explicações sobre sua ausência.
Segundo o papa, a cerimônia para investir os cardeais, conhecida como consistório, será em 21 de outubro, no final das celebrações que marcam os 25 anos do pontificado de João Paulo 2o. Ele foi eleito em 16 de outubro.
O papa disse ainda que mantinha o nome de um dos cardeais "in pectore" ou segredo. Os papas usam este artifício quando o anúncio do nome de um cardeal pode prejudicar sua posição em um país hostil à religião.
Esta é a nona vez que o papa, 83, nomeia novos cardeais.
|