Vice-premiê de Israel diz que matar Arafat é uma das opções

 

Internacional - 14/09/2003 - 14:39:13

 

Vice-premiê de Israel diz que matar Arafat é uma das opções

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O vice-premiê de Israel disse no domingo que matar o presidente palestino Yasser Arafat é uma das opções em sua ameaça de "removê-lo" por ser visto pelo líder israelense como um obstáculo para a paz. "Matá-lo (Arafat) é definitivamente uma das opções", disse Ehud Olmert à rádio Israel. "Nós estamos tentando eliminar todas as cabeças do terror, e Arafat é uma das cabeças do terror", disse Olmert. O chefe de negociação de paz dos palestinos Saeb Erekat disse em resposta que um pensamento "como esse é coisa da máfia, não de um governo". O gabinete de segurança de Israel decidiu "remover" Arafat após dois atentados suicidas que mataram 15 israelenses na terça-feira, os últimos nos três anos de violência na região no levante palestino. Mas não foi dito quando uma ação contra Arafat poderia ser tomada. O discurso vago de Israel tinha aberto caminho para uma série de opções, como o exílio, o isolamento ou a morte de Arafat --proposta que a imprensa disse que teria sido levantada pelo ministro israelense da Defesa Shaul Mofaz. A ameaça de Israel motivou manifestações em vários lugares, com Washington --principal aliado dos israelenses-- juntando-se ao coro daqueles que são contra uma ação violenta contra Arafat, um veterano símbolo das aspirações dos palestinos por independência. Dezenas de milhares de palestinos manifestaram no sábado em suporte a Arafat, muitos prometendo lutar com suas vidas se necessário no danificado quartel em Ramallah, na Cisjordânia. Arafat, efetivamente confinado no complexo "Muqata" nos últimos 21 meses pela presença de soldados israelenses em Ramallah, falou com os palestinos por telefone via rádio, proclamando o apoio à "paz dos bravos". Com apoio dos EUA, Israel culpa Arafat por fomentar militantes violentos --o que ele nega-- e considera o líder palestino um obstáculo para a paz. Arafat disse no sábado que ainda está comprometido com um plano liderado pelos EUA para a constituição de um Estado Palestino até 2005, uma proposta que está cada vez mais enfraquecida com a continuidade dos conflitos.

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