Hoje, 3 de maio, é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. No balanço global da Liberdade de Imprensa divulgada neste ano pela Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Brasil ocupa a 105ª colocação, entre 180 países.
De acordo com o levantamento, em 2018, os atos violentos mais praticados contra profissionais da mídia em todo o mundo foram detenções arbitrárias, agressões, ameaças, sequestros ou assassinatos. Aqui no país, soma-se ainda os processos judiciais abusivos. Segundo RSF, constantemente os jornalistas brasileiros e meios de comunicação são perseguidos, intimidados ou censurados por meios jurídicos.
No Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, divulgado pela FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), no ano passado tiveram dez ocorrências de cerceamento à liberdade de imprensa por meio de ações judiciais.
Os profissionais de comunicação responderam por crimes de calúnia, difamação, coação de testemunhas e promoção do terrorismo. Também foram impedidos de realizar entrevista e divulgar conteúdo. Além, de remover reportagens já publicadas.
Os processos judiciais abusivos comprometem a liberdade de imprensa. No país democrático, cabe ao jornalista informar à população. De maneira responsável, a mídia auxilia na disseminação do conhecimento. Nós – leitores, telespectadores e ouvintes – agradecemos.
* Fabrício Sicchierolli Posocco é advogado, professor universitário e presidente da Comissão de Direito Civil e Processo Civil da OAB Subseção São Vicente