Lei de Imprensa?

 

Opinião - 27/11/2017 - 08:10:24

 

Lei de Imprensa?

 

Vicente Barone * .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional em marketing social, cultural, esportivo e trasnporte, além de ministrar aulas como professor de 3º" e 4º graus Dese

Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional em marketing social, cultural, esportivo e trasnporte, além de ministrar aulas como professor de 3º" e 4º graus Dese

Parece inacreditável, mas muitos ligados ao poder público ou a políticos em diversos pontos do país desconhecem o fato que a chamada “Lei de Imprensa”, Lei 5.250/1967, foi considerada incompatível com a Constituição Federal de 1988 e, sendo assim, em 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal), em plenário, durante a sessão que julgou a ADPF 130, que tinha como autor o PDT, determinou que a famigerada "Lei de Imprensa" faz parte do período de exceção e servia somente para controlar a imprensa e impedir ou sufocar a LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

EMENTA

DATA DE PUBLICAÇÃO DJE 06/11/2009 - ATA Nº 35/2009. DJE nº 208, divulgado em 05/11/2009

Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação, vencidos, em parte, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Ellen Gracie, que a julgavam improcedente quanto aos artigo 1º, § 1º; artigo 2º, caput; artigo 14; artigo 16, inciso I e artigos 20, 21 e 22, todos da Lei nº 5.250, de 9.2.1967; o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Presidente), que a julgava improcedente quanto aos artigos 29 a 36 da referida lei e, vencido integralmente o Senhor Ministro Marco Aurélio, que a julgava improcedente. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Eros Grau, com voto proferido na assentada anterior. Plenário, 30.04.2009.         

Parece que nada mudou, pois muitos políticos e seus aliados ainda querem invocar a lei para tentar estrangular o direito claro de que a população deve ser informada de tudo que acontece para poder avaliar melhor seus representantes.

Quem já não ouviu a frase: “Aquele jornal mentiu sobre a minha pessoa”, ou então, “este veículo de comunicação é ligado ao meu adversário político”, e ainda, “este jornal não me deu a chance de responder e estão armando contra mim”, e o pior de todos, "este jornaleco não merece credibilidade".

Se você reconheceu alguma destas frases, pode ter certeza, você está no Brasil.

Aqui todos os políticos, sem exceção, são honestos e bons moços.

E não adianta apresentar provas documentais, fotos ou vídeos que, certamente, o veículo de comunicação será acusado de ter feito uma montagem ou falsificado documentos e adulterado aúdios, vídeos e fotos.

O que estes pseudopolíticos honestos não perceberam, ainda, é que o povo não é mais cego e que cada ação que ele toma fica gravado na internet. Hoje, não importa onde estejam, sempre haverá um celular e este, com certeza, terá a capacidade de gravar áudios, vídeos e tirar fotos em alta resolução.

Hoje existem milhões de jornalistas investigativos nas ruas do país.

Tentar esconder uma história ou alterar uma realidade é impossível.

Portanto, meus amigos políticos, tentar sufocar um jornal só irá fazer com que outros jornais saiam em sua defesa, principalmente se ele for um jornal sério.

Fui aconselhado, já tem algum tempo, pelo meu departamento jurídico, a entrar com ações contra alguns políticos matreiros que adoram aparecer. Fui contra e disse que não iria dar palanque para quem não merece!

Acusar é fácil, o difícil e fazer o que fazemos aqui diariamente, ou seja, coletar informações, documentos e fontes seguras que possam corroborar uma história. Isso é trabalho investigativo de verdade.

Aos pseudopolíticos honestíssimos de plantão é bom saber que os jornais sérios desse pais estão mergulhados em matérias investigativas e, posso afirmar com absoluta certeza que, em 2018, nas eleições gerais onde os eleitores irão escolher deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidente, muitos esqueletos que estavam escondidos em armários irão aflorar e os erros serão demonstrados à luz da verdade.

É por esse motivo que o slogan do jornal é:

“A VERDADE DEVE SER LIVRE”

* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais como consultor político e de marketing, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing social, cultural, esportivo e de trasnporte coletivo, além de ministrar aulas como professor na área para 3º e 4º graus - www.barone.adm.br

 



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