Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
Fazia muitos anos que eu não via um presidente dos Estados Unidos discursar no Congresso, realmente é uma prática fantástica. E ouvir Barack Obama desperta uma grande tristeza com o Brasil, pela governanta que temos e pelos discursos dela que se tornam realidade, ou seja, ações confusas e desconexas da realidade. E a primeira lição, creio, deveriam parar de esconder o trabalho alheio.
Disse Obama: sessenta anos atrás, quando os russos nos bateram na corrida espacial, não negamos que existia o Sputnik. Nós não discutimos sobre os méritos científicos nem reduzimos o nosso orçamento para pesquisa e desenvolvimento. Criamos um programa espacial de grande parte da noite para o dia e, doze anos mais tarde, nós estávamos andando na lua.
O que devemos fazer para reacender esse espírito de inovação com um olho para nossos maiores desafios? Esse espírito de descoberta está em nosso DNA. Somos Thomas Edison, os irmãos Wright e George Washington. Temos defendido uma internet aberta e tomado medidas, como ferramentas online que dão aos empreendedores tudo o que precisam para criar uma empresa em um único dia.
Mas podemos fazer muito mais. No ano passado, o vice-presidente Biden disse que se fizermos um esforço como esse nos levou para a lua, os EUA serão capazes de curar o câncer. Hoje, eu estou anunciando uma nova iniciativa nacional para alcançar este objetivo. Vamos tornar a América o país que cure o câncer de uma vez por todas.
E Precisamos adotar o mesmo nível de compromisso com o desenvolvimento de fontes de energia limpa. Se ainda existem pessoas que querem desafiar a evidência científica sobre o aquecimento globas, eles estão muito isolados. Terão que discutir com nossas forças armadas, a maioria dos líderes empresariais dos Estados Unidos, a maioria do povo americano, praticamente toda a comunidade científica e com duzentos países que concordam que é um problema e que querem resolvê-lo.
Mesmo se o planeta não estivesse em risco - 2014 foi o ano mais quente já registrado até hoje, e 2015 superará-, por que perderíamos a oportunidade das empresas norte-americanas produzir e vender a energia do futuro?
Sete anos atrás, fizemos o maior investimento em energia limpa da nossa história. Eu tenho os resultados aqui. Nos campos de Iowa ao Texas, agora a energia eólica é mais barata do que a energia poluente convencional. Nos telhados do Arizona a Nova York, a energia solar está permitindo que os americanos economizar dezenas de milhões de dólares por ano em suas contas de energia elétrica. E emprega mais americanos do que o carvão, e em empregos mais bem remunerados. Estamos tomando medidas para dar aos proprietários a liberdade de gerar e armazenar energia própria.
Enquanto isso, nós reduzimos nossas importações de petróleo estrangeiro por quase sessenta por cento, e reduzimos a poluição de carbono mais do que qualquer outro país do planeta. Nossa gasolina custa menos de dois dólares por galão. Mas em vez de subsidiar o passado, devemos investir no futuro, especialmente em comunidades que dependem de combustíveis fósseis.
Será que nossos governantes não tem nem capacidade de copiar? É tão difícil enxergar o óbvio? E não existe um deputado ou senador que possa aconselhar?
* Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano