A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone hoje, terça-feira, 29, o ministro da Saúde, Arthur Chioro que foi secretário de saúde em São Bernardo e ligado ao prefeito e ex-ministro de Lula, Luiz Marinho. Chioro foi informado por telefone que ele fica no cargo até quinta-feira, dia 1º de outubro, data em que a presidente deverá anunciar os novos ministros depois da negociação com o PMDB.
Nos bastidores conversas dariam conta de que a presidente petista teria ficado irritada com declarações recentes do ministro Chioro à imprensa e com a suspeita sobre sua manobras para se manter no cargo trabalhando para sua permanência junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde.
Chioro, na semana passada, já havia reunido sua equipe de secretários e assessores para falar de sua provável saída do cargo que veio a se concretizar hoje. A reunião ocorreu, segundo fontes, após o ministroo ter recebido a informação do Palácio do Planalto de que sua cadeira seria oferecida ao PMDB.
Chioro, indignado com o ato de Dilma, disse, queixando-se, que se sentia "rifado" pelo governo federal.
O PMDB deverá indicar para o posto de Chioro na Saúde o deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.
A demissão por telefone é uma prática normal para o PT, pois em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou, da mesma forma, o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, que passava férias em Portugal.
Na época, chateado, Cristovam avaliou como uma "desconsideração" ter sido demitido pelo telefone.