O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, deu uma coletiva na tarde deste sábado (30) negando o envolvimento da esposa, Carolina Oliveira, em esquema de lavagem de dinheiro. Ontem, a Polícia Federal (PF) fez uma operação de busca e apreensão na residência onde ela morou em Brasília. As informações são da Globo News.
A operação de busca e apreensão, entre os endereços visitados, esteve em um apartamento usado até o ano passado pela mulher do governador. As investigações visam a desarticular um esquema de lavagem de dinheiro. A PF aponta que Carolina mantinha uma empresa que seria usada pelo esquema do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, que já trabalhou em campanhas do PT.
“Esta é uma definição inverídica, absolutamente inverídica. Portanto a Carolina está sendo vítima de um erro, um equivoco”, afirmou Pimentel.
O advogado de Carolina, Pierpaolo Bottini, afirmou que a empresa dela prestava assessoria de comunicação e já estaria fechada quando as investigações da PF começaram. “O Ministério Público e a Polícia Federal identificaram de maneira equivocada que no determinado endereço funcionaria uma empresa de fachada. A empresa Carolina de Oliveira não é de fachada, ela prestava serviço de assessoria de comunicação e ocupou aquele imóvel até julho de 2014”, afirmou, antes de mostrar um documento de encerramento contratual.
“A empresa deixou de existir em novembro do ano passado e foi definitivamente extinta no começo desse ano. Quando a PF começou as investigações, já não existia a empresa e nem aquele imóvel”, completou.
A PF está cumprindo, desde a manhã desta sexta-feira, 90 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Goiás e no Distrito Federal. Cerca de 30 endereços de pessoas físicas, incluindo o apartamento de Carolina Oliveira, e 60 de pessoas jurídicas são alvo da operação. De acordo com o delegado responsável pela operação, Dennis Kali, o governador de Minas Gerais não é alvo das investigações.
Além das buscas e apreensões, a Polícia Federal prendeu cinco pessoas. Entre elas, Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono da Gráfica Brasil. No ano passado, Bené atuou na campanha do então candidato e atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Também foi preso o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombiere.