Lula volta a atacar a imprensa em discurso no "Dia do Trabalho" em evento da CUT em SP
Da Redação com R7
Foto(s): Divulgação / Arquivo
Lula ataca novamente a imprensa livre do país destilando todo o ódio que lhe é peculiar
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu pronunciamento em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), realizado neste sábado (1º), em São Paulo, para rebater a denúncia publicada contra ele na revista Época. O petista também fez comentários contra a aprovação da lei da terceirização.
Lula afirmou que o objetivo da cobertura das revistas com a cobertura da investigação Lava Jato é encontrar algo envolvendo seu nome. Ele disse saber que seria criticado, mas poupou duras criticas a algumas publicações.
"Peguem todos os jornalistas da Veja e da Época, enfiem um no meio do outro e não dá 10% da minha honestidade", disse Lula.
O ex-presidente ainda mencionou sua trajetória política como forma de defesa e disse não ter medo daqueles que tentam sujar sua imagem.
"Se alguém acha que eu cheguei até onde cheguei, que fez o que eu fiz e vou baixar minha crista por conta de insinuação, eu chamo para a briga", esbravejou o ex-presidente.
"As campanhas do PT falam em ódio, mas ficou claro que o ódio que está sendo destilado é do PT e seus líderes contra os que desejam o fim da corrupção no país", disse Carlos Eduardo, ex-militante do PT e jornalista, que estava no local para cobrir o evento.
Terceirização
Lula ainda também não deixou de citar o polêmico PL (Projeto de Lei) 4330, que já passou pela Câmara e aguarda para ser votado pelo Senado. O ex-presidente citou dados contrários à terceirização e lembrou que os empresários que conversaram com ele nunca quiseram o projeto da forma como ele foi aprovado.
Lula ataca o projeto de terceirização
"De repente, esse projeto virou prioridade na cabeça de alguns deputados e foi aprovado em tempo recorde", disse Lula.
O petista ainda mencionou que a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece que a relação empresarial é aquele em que o trabalhador se beneficia do seu trabalho. Caso a terceirização das atividades-fim seja aprovada, Lula avalia que as empresas serão “só um balcão que passa responsabilidades e deixa o trabalhador ‘na mão’”.
"Na Alemanha, na França, na Espanha, a lei impõem relações claras entre os trabalhadores e as empresas. Lá, não existe terceirização desenfreada com a que eles querem fazer aqui", comentou Lula sobre a terceirização.
O Vale do Anhangabaú, em São Paulo, foi o local escolhido pelo CUT para a manifestação, porém o volume de público foi muito abaixo do esperado