O comando do PT teme as punições decorrentes das investigações da Operação Lava Jato terminem por “inviabilizar” o funcionamento do partido ou até mesmo resultem na cassação do registro da sigla.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, quatro dirigentes da legenda relataram que foram informados, por pessoas que acompanham os desdobramentos da operação, que o partido deve receber sanções financeiras para ressarcimento dos cofres públicos por conta do esquema de corrupção na Petrobras.
A expectativa de sofrer uma “multa astronômica” começou antes mesmo da prisão do tesoureiro da agremiação, João Vaccari Neto, ocorrida na última quarta-feira (15) – o Ministério Público Federal já sinalizou que deve punir os partidos envolvidos.
De acordo com a previsão de dirigentes, o PT projeta, como punição, um valor correspondente ao indicado pelo ex-gerente da estatal, Pedro Barusco, como recebido pela legenda e por Vaccari na forma de propina. Barusco estimou que, entre 2003 e 2013, o partido tenha recebido entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões.
"Morte por falta de oxigênio"
O PT, mesmo antes da decisão de não mais receber doações de empresas, já sabia que as doações desapareceriam, principalmente em anos não eleitorais.
O Fundo Partidário pode, ainda, ser comprometido. De acordo com técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se a punição se confirmar, a multa pode ser para ressarcir aos cofres públicos recursos desviados descobertos pela operação.
Caso aconteça, ficaria suspensa a participação do PT no rateio do Fundo Partidário até que tudo se esclareça o que iria causar a morte do partido por "falta de oxigênio".