A irritação dos jogadores da Ponte Preta ao final da derrota por 1 a 0 para o Corinthians era grande em Itaquera. A equipe campineira teve um gol legítimo anulado no primeiro tempo, quando o placar ainda estava em zeros. O atacante Biro Biro dispara contra o erro do auxiliar Vicente Romano Neto.
“Como sempre, é a arbitragem puxando para o lado do Corinthians, mas saímos com a cabeça erguida. Se não fossemos prejudicados, sairíamos com a vitória”, critica o atacante pontepretano ao deixar o gramado.
Outro que reclamou do auxiliar foi o volante Bruno Silva. Ele entende que o equívoco foi determinante no andamento da partida, mas prefere não responsabilizar exclusivamente a arbitragem em seus protestos. “Dominamos no primeiro tempo e tivemos muitas chances. O bandeirinha errou. Não podemos crucificar ninguém pela derrota, mas o erro foi em um momento que não podia acontecer”, diz o meio-campista.
As reclamações apareceram até no site oficial da Macaca. “Apesar de jogar muito bem e marcar um gol legítimo que foi anulado pelo árbitro, a Ponte Preta perdeu pelo placar de 1 a 0”, diz o relato escrito com a visão campineira do duelo deste sábado.
O lance polêmico aconteceu aos 37 minutos do primeiro tempo, quando Renato Cajá aproveitou rebote de Cássio para fazer o gol. Ele já comemorava quando a arbitragem anulou o lance alegando impedimento que não existiu. O meia estava atrás da linha da bola no momento em que Juninho chutou.
Guto Ferreira reclama de auxliar que anulou gol legítimo: "Muito afoito"
Não fosse a equivocada anulação de um gol legítimo da Ponte Preta no primeiro tempo, talvez a história da partida contra o Corinthians teria sido diferente neste sábado. A Macaca chegou a balançar as redes com Renato Cajá, após rebote de Cássio, mas o lance foi interrompido pela arbitragem. Segundo o técnico Guto Ferreira, o responsável por anular o lance parecia intranquilo.
“Foi erro do auxiliar. Ele já tinha invertido dois ou três lances antes. A gente o percebia muito afoito na beirada do campo, com necessidade de fazer o seu serviço ser respeitado”, avalia o treinador pontepretando, referindo-se ao auxiliar Vicente Romano Neto.
“Ele gesticulava muito com o seu instrumento. Não estava calmo para o momento, então talvez não estivesse preparado para um jogo desse nível”, analisa Guto Ferreira, que perde na Arena Corinthians 11 meses depois de vencer com o Figueirense na inauguração oficial do estádio.
Neste sábado, lance polêmico aconteceu aos 37 minutos da etapa inicial. Cássio deu rebote e Renato Cajá empurrou a gol em posição legal, mas a anulação manteve o placar em zeros. No segundo tempo o Corinthians voltaria mais disposto para vencer por 1 a 0, placar que fala mais alto do que os erros da arbitragem, lamenta o técnico pontepretano.
“Paciência. Ficar lamentando não vai somar nada. O que vai ficar para a história é o 1 a 0 do Corinthians”, resume Guto Ferreira, que deve começar preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro nesta semana.