De acordo com números prévios, o Sábado de Aleluia deve se tornar o dia de pior desempenho de Babilônia desde a estreia, no último dia 16 – e, consequentemente, a menor marca já registrada por uma novela das 9 da Globo no Ibope. Na noite de ontem, já com a audiência em queda e ainda mais prejudicada pelo feriado, a trama de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga chegou aos 15 pontos e encerrou a exibição com 18,4 pontos, na medição na Grande São Paulo.
Os dados ainda precisam ser validados pelo instituto nesta segunda, o que pode melhorar um pouco o cenário. Mas o fantasma do fracasso já assombra a novela a valer: diante dos números não-oficiais, tuiteiros trataram de lançar a hashtag #damaisquebabilonia, que rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter na noite de ontem.
Enquanto os entusiastas da novela se limitavam a comentar na hashtag #Babilonia a performance de Thiago Martins, o nadador Diogo, em um dos seus desfiles diários de sunga, os críticos “zoeiros” tripudiavam. Pica-pau, “Ticiane dançando quadradinho de 8”, Visões da Raven, seriado americano sempre em reprise no SBT, e até mesmo a novela Brida, que a extinta TV Manchete exibiu em 1998, foram citadas como concorrentes de peso para a novela das 9.
No seu 18º capítulo, Babilônia mostrou mais um barraco envolvendo Regina (Camila Pitanga), desta vez desencadeado por Karen (Maria Clara Gueiros). Após caprichar no preconceito contra os moradores de favelas, a personagem mais histérica da novela recebeu a notícia de que Luís Fernando (Gabriel Braga Nunes) vai se separar dela – de fato, não foi nada realmente capaz de empolgar os noveleiros.
Fracassou?
Com um elenco de primeira linha (invejável), a nova novela da Globo, do horário nobre, não consegue deslanchar, como outras passadas, principalmente as de Manoel Carlos.
Mas qual o motivo? A novela Império teve uma melhor recepção pelo público e não possuia a gama de "notáveis" que estão em Babilônia.
Alguns defendem o fim da mídia TV, assim como jornais e revistas chegam a amargar queda ano a ano, mas não é só isso. Não é, também, a concorrência da tv a cabo e sua infinidade de opções de entretenimento. O problema maior está na escolha do que levar ao "AR".
O cinema, por exemplo, continua faturando milhões, até mesmo algumas produções nacionais. Então é fato, a escolha do elenco não é a única forma de manter a audiência. Vamos analisar:
- Algumas produções não possuem "timing";
- Textos fracos e censurados;
- Falta de empatia com os personagens;
- Autores ultrapassados;
- Tramas repetitivas;
- Temas forçados ao extremo, incomodando parte da audiência;
- Apelos sexuais extremados, tanto femininos como masculinos.
O que na realidade se espera de uma boa trama é que ela envolva a audiência na espera de algo ainda maior nos capítulos seguintes, o que não ocorre com Babilônia, mas era marcante em Avenida Brasil, Amor à vida ou, até mesmo, em Império.
O excesso de preocupação com o visual acaba por perder foco no que se refere aos diretores. Falta alma nos textos, falta uma interação com o que o publico espera.
Vejamos o Big Brother, o público espelha exatamente o que acontece no seu cotidiano e aponta para a vitória de César, que não se ALIOU, fez CONCHAVOS, ALICIOU, SEDUZIU com palavras ou foi algo que o povo não esperava. Se não fosse César seria Mariza a vencedora.
Acorda direção da Globo, o mundo mudou, pede mais interatividade e compromisso com a verdade...
