Terminou sem acordo a audiência de conciliação, na tarde desta terça-feira (24), entre representantes dos metalúrgicos da unidade da General Motors, em São José dos Campos, e representantes da montadora, no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT), em Campinas, interior paulista.
Segundo o tribunal, os autos serão agora encaminhados ao relator, que os remeterá ao Ministério Público do Trabalho para parecer. Depois, será agendada uma data para julgamento do caso, que será feito por um colegiado de 15 desembargadores.
Em assembleia, na manhã desta terça, os empregados decidiram manter a greve, iniciada na última sexta-feira (20), por tempo indeterminado. A paralisação ocorre em protesto contra a ameaça de demissões.
Segundo o sindicato da categoria, 798 trabalhadores de um total de 5,2 mil seriam demitidos após afastamento de dois meses, por lay-off (folga forçada em que os empregados continuam recebendo os seus vencimentos, sendo 50% bancados pela montadora e a outra metade pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Para a GM, o movimento foi precipitado, porque a montadora ainda não tinha apresentado, integralmente, a proposta. A empresa também alega não ter sido alertada sobre a decisão de greve, como determina a legislação.