De olho na disputa presidencial de 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) usou a cerimônia de posse do seu secretariado nesta quinta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, para fazer duras críticas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff - ainda que de forma indireta.
“(O Brasil) precisa se livrar da marca corrupta que insiste em sequestrá-lo”, afirmou o tucano, em discurso. "O Brasil pode avançar, e São Paulo dá mostras disso. Os brasileiros de São Paulo repudiam o aparelhamento da máquina pública e consideram repugnante a prática política que transforma a máquina em um clube", continuou o governador, referindo-se indiretamente a escândalos de corrupção como o que envolve a Petrobras.
O tucano foi reeleito no primeiro turno das eleições de 2014 com 57% dos votos e tomou posse para seu quarto mandato à frente do Executivo paulista nesta quinta-feira, em cerimônia na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Para disputar a Presidência da República pelo PSDB em 2018, Alckmin terá como adversário dentro do partido o senador mineiro Aécio Neves, que foi derrotado por Dilma no segundo turno.
Embora não tenha citado a crise de abastecimento de água pela qual passa o Estado em seu discurso de posse na Alesp, Alckmin se referiu ao tema, no Palácio, como “a pior crise hídrica da história” e agradeceu o empenho dos paulistas no enfrentamento ao problema.
"Ser paulista é enfrentar os desafios com trabalho, união e solidariedade, como estamos enfrentando a pior crise hídrica de nossa história. Aliás, a participação da população no enfrentamento da crise da água dá força a São Paulo. Ser paulista é saber ouvir críticas, justas ou injustas”, encerrou o tucano.
Ao contrário do que foi especulado incialmente, Alckmin não deve viajar a Brasília para a acompanhar a cerimônia da posse de Dilma, que acontece na tarde desta quinta.
Veja, abaixo, a relação completa dos secretários nomeados por Alckmin:
- Administração Penitenciária: Lourival Gomes (reconduzido)
- Agricultura e Abastecimento: Arnaldo Jardim
- Casa Civil: Edson Aparecido
- Casa Militar: Cel. PM. José Roberto Rodrigues de Oliveira (reconduzido)
- Cultura: Marcelo Mattos Araújo (reconduzido)
- Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação: Márcio França
- Desenvolvimento Social: Floriano Pesaro
- Direitos da Pessoa com Deficiência: Linamara Rizzo Batistella (reconduzida)
- Educação: Herman Jacobus Cornelis Voorwald (reconduzido)
- Emprego e Relações do Trabalho: João Dado
- Energia: João Carlos Meirelles
- Esporte, Lazer e Juventude: Jean Madeira
- Fazenda: Renato Villela
- Governo: Saulo de Castro Abreu Filho
- Habitação: Nelson Luiz Baeta Neves Filho
- Justiça e Defesa da Cidadania: Aloísio de Toledo César
- Logística e Transportes: Duarte Nogueira
- Meio Ambiente: Patricia Faga Iglecias Lemos
- Planejamento e Desenvolvimento Regional: Marcos Monteiro
- Procuradoria Geral do Estado Elival: da Silva Ramos (reconduzido)
- Saneamento e Recursos Hídricos: Benedito Braga
- Saúde: David Uip (reconduzido)
- Segurança Pública: Alexandre de Moraes
- Transportes Metropolitanos: Clodoaldo Pelissioni
- Turismo: Roberto de Lucena