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A Prefeitura de São Bernardo intensificará, durante as próximas semanas, a vacinação contra Hepatite B, dirigida à população de até 19 anos. A medida faz parte da campanha da Secretaria de Estado da Saúde, que detectou que mais de 60% dos paulistas ainda não foram imunizados contra a doença.
Todas as 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) pretendem vacinar gratuitamente cerca de 142 mil crianças e adolescentes, número que compreende pouco mais da metade dessa faixa etária no município. “Vale ressaltar que são necessárias três doses para que a pessoa fique protegida, por isso, é importante que mesmo aqueles que já tomaram a primeira ou segunda doses retornem para concluir o esquema de vacinação”, disse a chefe da Divisão da Vigilância Epidemiológica, Cândida R. A. Kirschbaum.
Profissionais do sexo, da área de saúde, bombeiros ou todos aqueles que têm contato com sangue também poderão ser vacinados, desde que apresentem comprovante da função, como crachás ou holerites.
A doença, que ataca o fígado, é transmitida pelo contato direto com sangue ou secreções de pessoas infectadas, que pode ser durante o ato sexual, no compartilhamento de seringas e agulhas, transfusões ou por via materno-fetal (gestação). Os primeiros sintomas lembram os de uma gripe. A pessoa se sente cansada, tonta e com vontade de vomitar. Dores na região do fígado, amarelamento do corpo, fezes brancas e urina escura também acontecem com freqüência.
Outra ação que a Prefeitura vem tomando contra a Hepatite B é a vacinação dos recém-nascidos logo nas primeiras 12 horas de vida, no Hospital Municipal Universitário.
Segundo Dr. Carlos Alberto de Oliveira, coordenador do Programa DST/Aids, o melhor remédio ainda é a prevenção. “Além da vacina, é recomendado uso de preservativo nas relações sexuais, de seringas e agulhas descartáveis e material esterelizado ou descartável em salões de beleza, lojas de tatuagens e piercings”, alerta.
O médico ressalta que, no município, o número de infectados pela Hepatite B ultrapassa os casos de Aids. “Das 1.800 pessoas quem fizeram o teste conosco, entre maio de 2002 e abril de 2003, foram constatados 40 casos de HIV positivo e 46 de Hepatite B.”
Dados da Organização Mundial da Saúde afirmam que a doença já infectou cerca de 300 milhões de pessoas em todo mundo. Uma vez crônica, ela pode evoluir para cirrose ou câncer no fígado.
O Centro de Orientação e Apoio Sorológico (COAS), do Programa DST/Aids, ministra palestras e realiza exames de sangue para Hepatite B e C, Sífilis e HIV aos munícipes, das 9h às 11h, todas as terças e quintas-feiras, no Ambulatório de Especialidades Médicas, à Avenida Armando Ítalo Setti, 402, 3º andar, sala 300 – Centro.
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