Palocci: crescimento não tem data marcada para começar, 2003 terminará melhor que começou
Da Redação com Abr
Foto(s): Divulgação / Arquivo
Nós já estamos, do ponto de vista macroeconômico, da inflação, do risco país, melhor do que começamos. Nós vamos terminar o ano com crescimento econômico”, diz Palocci, ministro da Fazenda
Da ABr
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, afirmou que o “crescimento” prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem data para começar. “Crescimento não tem ato inaugural. Ele é marcado por um início de processo em que as condições fundamentais para impedir a explosão inflacionária podem se colocar de maneira mais amena, hoje. O Copom no mês passado começou a reduzir os juros. Se a inflação continuar caindo, esse movimento pode continuar”.
Mostrou otimismo ao garantir que 2003 terminará melhor do que começou: “ não tenha dúvida disso. Nós já estamos, do ponto de vista macroeconômico, da inflação, do risco país, melhor do que come-çamos.
Nós vamos terminar o ano com crescimento econômico”, salientou.
Afirmou, ainda, que o governo não vai negociar o fundamental da reforma da Previdência que é a mudança para o novo sistema previdenciário.
Segundo ele, “o Congresso Nacional tem direito de fazer mudanças até sem ouvir o governo, se assim desejar. Mas não tem sido assim. O diálogo da União com os congres-sistas, tanto com a base aliada quanto com o conjunto dos partidos, tem sido muito positivo.
Eu acho que todos terão uma visão de responsabilidade”.
De acordo com Palocci, o conteúdo fundamental da reforma da previ-dência não é tirar direito dos servidores, mas mostrar a eles que não se pode mais aposentar um servidor com 48 ou 55 anos de idade. “Era bom que pudesse, mas não podemos.
E eu acho que os servidores vão compreender essa mensagem, por-que é uma mensagem de valorização dos servidores e não de desvalo-rização. Se nós queremos um futuro de investimentos no Brasil, de estabilidade econômica e de ga-rantias sociais de longo prazo é preciso fazer as reformas”.
Sobre a greve dos juizes, o ministro disse concordar com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa, de que a greve no Judiciário, em protesto contra a reforma da Previdência, seria inconstitucional. “Não acredito que os juízes fariam um ato inconstitucional.
Eles podem se manifestar, apre-sentar suas reivindicações”.
Em relação aos contratos de telefonia e de energia, o ministro da Fazenda disse que “não se pode esperar investimentos no País, se o governo não deixar claro que os contratos estabelecidos não serão preser-vados”, concluiu.
Nós já estamos, do ponto de vista macroeconômico, da inflação, do risco país, melhor do que começamos. Nós vamos terminar o ano com crescimento econômico”, diz Palocci, ministro da Fazenda
Nós já estamos, do ponto de vista macroeconômico, da inflação, do risco país, melhor do que começamos. Nós vamos terminar o ano com crescimento econômico”, diz Palocci, ministro da Fazenda