Marina Silva, a terceira candidata mais votada no primeiro turno das eleições presidenciais, anunciará neste domingo, 12, se vai declarar apoio formal a Aécio Neves, ou se ficará neutra no segundo turno, anunciou no sábado um assessor da ex-candidata.
Marina tomará a decisão depois que Aécio anunciou hoje uma série de compromissos para se aproximar das posições defendidas pela ex-ministra do Meio Ambiente durante a campanha eleitoral, o que foi uma condição imposta pela candidata derrotada em troca de seu apoio.
Entre as propostas de Aécio, está a manutenção dos programas sociais do governo da presidente Dilma Rousseff, a promoção da reforma agrária, a defesa dos direitos dos indígenas e um compromisso para reduzir as emissões de carbono.
Marina considerou que esses compromissos representam "um avanço", conforme disse aos jornalistas Walter Feldman, um assessor da ex-ministra, após uma reunião com ela.
No entanto, Feldman especificou que "não há que se imaginar" que as posições de Aécio coincidam com as de Marina Silva, mas louvou "a forte marca social" das propostas.
A Rede Sustentabilidade, o movimento político de Marina Silva, que pretende se transformar em um partido, pediu a seus militantes que no segundo turno não votem em Dilma, mas parte desse grupo também se opõe a declarar o voto a Aécio para o segundo turno, que acontecerá o próximo dia 26.
O PSB, partido pelo qual Marina concorreu à presidência, declarou seu apoio ao tucano, que foi o segundo mais votado, com 33,55% dos votos, atrás de Dilma, que obteve 41,59%.
Marina foi a terceira mais votada e recebeu cerca de 22,1 milhões de votos, equivalentes a 21,1% do total de votos válidos.
