O PSB anunciou nesta quarta-feira, após reunião da Executiva do partido em Brasília, a aprovação do apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições, embora Marina Silva ainda não tenha se pronunciado sobre o assunto.
Dos 29 integrantes da Executiva que estiveram na reunião, 21 votaram pelo apoio ao tucano, sete pela neutralidade e apenas um pelo apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), informou a assessoria do partido.
Dilma foi a candidata mais votada no primeiro turno, com 41,59% dos votos válidos, enquanto Aécio obteve 33,55% e Marina ficou na terceira colocação, com 21,32%.
Mesmo aprovando o respaldo oficial a Aécio, o PSB decidiu que dois diretórios estaduais não precisam seguir a decisão da cúpula nacional.
Um deles é o da Paraíba, onde o candidato a governador do PSB, Ricardo Coutinho, enfrentará Cássio Cunha Lima do PSDB no segundo turno.
O outro é o Amapá, onde o PT integra a coligação que apoia a candidatura a governador de Camilo Capiberibe (PSB).
Por sua vez, Marina Silva só deve declarar publicamente seu posicionamento amanhã, após uma reunião com as lideranças dos demais partidos da coligação.
Revolta
A ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina, ex-integrante dos quadros petistas, que defendia a neutralidade, deixou o encontro contrariada. "Ela [a candidatura do PSB] não conecta com essa farsa. Eu defendi a liberação da bancada. Isso [o apoio a Aécio] é contraditório com a nossa motivação de lançar um candidato como lançamos e depois foi substituído pela Marina. Me sinto desconfortável [com a decisão] porque me sinto confortável com a minha consciência. Não vou subir no palanque de candidatos que são contrários ao nosso projeto".
No mesmo encontro, a Executiva Nacional do PSB liberou os estados do Amapá e Paraíba a decidirem quem apoiar na eleição nacional. Nesses estados, PSB e PSDB são adversários no segundo turno.