Parcerias recentes do Google com cadeias de hotéis têm elevado preocupações entre as empresas do setor de viagens. As companhias tem receio que a gigante de buscas esteja tentando obter maior receita com publicidade."Considerando o que a indústria de viagens está gastando com publicidade nos sites Priceline, Expedia e TripAdvisor, o Google está bem alerta e gostaria de ter uma fatia", disse Douglas Quinby, vice-presidente de pesquisa na PhoCusWright, empresa de pesquisas sobre o setor de viagens.
A companhia de Sergey Brin e Larry Page já possui o site ITA, um fornecedor de informações de voos e um programa de anúncios sobre preços de hotéis - ele leva consumidores a fazerem reservas em sites de hotéis.
Nos últimos meses, os hotéis concordaram em testar produtos do Google, e, no mês passado, a gigante da tecnologia fez um acordo sobre licenciamento com uma start-up chamada Room 77, que permite aos visitantes compararem os preços de hotéis e reservem acomodações.
Pesquisadores não acreditam que o Google queira passar a processar compras feitas por agências de viagens online, que são algumas de suas maiores anunciantes. Eles acreditam que o negócio de transações exigiria certas capacidades que trariam novas despesas e custos fixos. Mas o Google gostaria de atrair mais receita de publicidade sobre viagens, dizem.
O Carlson Rezidor Hotel Group, que inclui as cadeias Radisson e Country Inns & Suites, anunciou um programa piloto no fim do ano passado que permite aos visitantes fazerem buscas, compras e paguem estadias nos hoteis usando as aplicações Google Hotel Finder, Google Business Photos e Google Wallet.