Palmeiras derrota o Vilhena pela Copa do Brasil

 

Esporte - 12/03/2014 - 09:54:57

 

Palmeiras derrota o Vilhena pela Copa do Brasil

 

Da Redação com agências

Foto(s): Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

 

Leandro saiu do banco para garantir a vitória no fim do jogo

Leandro saiu do banco para garantir a vitória no fim do jogo

Em gramado enlameado no Estádio Portal da Amazônia, o Palmeiras jogou praticamente em casa, tamanho foi o apoio da torcida em Rondônia, mas sofreu para abrir vantagem na estreia da Copa do Brasil. Contra o Vilhena, o time fez 1 a 0 com gol aos 42min do segundo tempo, mas não conseguiu eliminar o jogo de volta - precisava de vitória por dois gols de diferença para se classificar de cara.

Para o Vilhena, trata-se de um grande feito. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o fato de não ter sido eliminado no primeiro confronto dá ao time bicho de R$ 100 mil, sendo que sua folha de pagamento total é de R$ 80 mil. Nas outras quatro vezes em que participou da Copa do Brasil, o time de Rondônia nunca passou da primeira fase. 

O Palmeiras volta a campo no sábado, pelo Campeonato Paulista, quando encara a Ponte Preta no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, às 16h (de Brasília). Como não conseguiu vencer por dois gols de diferença, joga de novo contra o Vilhena em 10 de maio, uma quinta-feira, às 21h50.

Em Vilhena, o Palmeiras encarou uma equipe empolgada pela grande chance de sua história, ao estrear na Copa do Brasil, e encontrou dificuldades com o gramado encharcado do estádio Portal da Amazônia – as fortes chuvas que atingiram a cidade deixaram uma camada de água que complicou os passes e deixou poças em determinadas áreas.

Mesmo com isso, o Palmeiras não fez uma apresentação absolutamente superior em relação ao Vilhena: teve dificuldades de criação e até ficou à mercê do adversário. Aos 21min, Edilsinho arriscou de fora da área e obrigou Fernando Prass a fazer boa defesa. Depois, aos 28min, o jogador tentou tocar na saída do goleiro palmeirense e assustou, mandando a bola na rede, mas pelo lado de fora.

Prass voltou a aparecer bem aos 32min, em cabeçada de João Leandro. No Palmeiras, as melhores chances vieram em lançamento de Valdivia para Kardec, aos 24min, lance que o goleiro Dalton abafou, e em chute de Juninho aos 32min, espalmado pelo camisa 1 do Vilhena. No segundo tempo, o time paulista tentou pressionar e criou ótimas oportunidades, mas não foi eficiente para estufar as redes.

Aos 5min, Juninho cobrou falta e acertou o travessão; no rebote, a bola bateu nas costas de Dalton e saiu. Aos 8min, o lateral palmeirense invadiu a área e rolou para trás, onde Vinícius, livre, mandou à esquerda do gol. Eguren levou perigo aos 9min. Conforme a partida foi avançando, o Vilhena começou a se conformar com o empate, parando a partida com faltas e catimbando o resultado.

Aos 42min, o Palmeiras finalmente chegou ao gol. Bruno César, que entrou no segundo tempo, arrancou pela direita do ataque e rolou para o meio da área, onde Leandro bateu para vencer Dalton e dar vantagem ao Palmeiras. No jogo de volta, a equipe jogará pelo empate para ficar com a vaga. Já o Vilhena precisa vencer por um gol de diferença, desde que marque pelo menos dois gols. Se repetir o 1 a 0 no Pacaembu, levará a decisão para os pênaltis.

O jogo

Mesmo com Leandro, Bruno César e Mendieta à disposição, Gilson Kleina não quis mexer na estrutura tática do time e manteve Vinicius e Patrick Vieira nas pontas para aproveitar a volta de Valdivia. Mas de nada adiantou esse ou qualquer outro posicionamento. O Portal da Amazônia mostrou-se o principal adversário do Palmeiras.

O campo estava cheio de poças, principalmente da intermediária para a frente onde o Verdão atacou no primeiro tempo. Não adiantava lançar, impor velocidade ou mesmo tentar passar pela retranca do Vilhena tocando a bola, pois ela parava no acúmulo de água que sempre encontrava.

Mesmo o time anfitrião, que deveria estar acostumado com as condições do gramado, sofria pela chuva que caiu horas antes do jogo. O que se viu na estreia da Copa do Brasil mais parecia um jogo de várzea, com chutão e cruzamentos de longe que só consagravam goleiros e zagueiros.

As poças atrapalhavam tanto que Valdivia só não conseguiu aproveitar lançamento de Alan Kardec e driblar o goleiro porque a água o bloqueou na grande área, aos 24 minutos. Do outro lado, Edilsinho, meia-atacante de baixa estatura, chegou mais perto de abrir o placar ao tentar encobrir Fernando Prass e, em posição de impedimento, perder grande chance na cara do goleiro. O capitãop do Verdão ainda teve que segurar cabeçada de João Leandro.

À medida que faltava futebol, já que o Palmeiras, muito mais técnico, só conseguia atacar em cobranças de falta de Juninho, aumentava a violência em campo. O Vilhena passou a fazer cera sempre que podia e irritava o adversário com faltas duras, sempre escapando do cartão.

O árbitro só foi mexer no bolso quando Valdivia, que já tinha dito palavrões a Carlinhos, acertou o braço no meio-campista aos 40 minutos e recebeu amarelo. O campeão rondoniense teve seu primeiro cartão em lance pior, seis minutos depois, quando Alex Barcellos deu um tapa na nuca de Alan Kardec.

No segundo tempo, sem alterações, Gilson Kleina apostou no campo em melhores condições para atacar com a mudança de lado e adiantou a marcação, instruindo o time a utilizar Juninho para aproveitar o lado do gramado com menos poças. O camisa 6 correspondeu às expectativas em dez minutos.

O lateral esquerdo cobrou uma falta alçando a bola na área e a viu bater na trave e nas costas do goleiro Dalton antes de sair. Depois, foi à linha de fundo para colocar Vinicius na cara do goleiro – o atacante conseguiu bater para fora – e cruzar para Eguren, quase debaixo do gol, cabecear pela linha de fundo.

Em perigo, o Vilhena retomou sua estratégia de cometer faltas e fazer cera, tendo um jogador no chão pedindo atendimento médico sempre que possível. Kleina abriu o time trocando Eguren, Patrick Vieira e Vinicius por Bruno César, Mendieta e Leandro. Graças ao trio, conseguiu a vitória.

Aos 42 minutos, Mendieta lançou de cabeça do meio-campo para Bruno César, que ganhou disputa de corpo com seu marcador e entrou na grande área para entregar a bola a Leandro. Diferentemente de Vinicius, o artilheiro abriu o placar, dando esperança de eliminação do jogo de volta. Em vão: o segundo jogo no Pacaembu vai acontecer.


FICHA TÉCNICA

VILHENA 0 X 1 PALMEIRAS

Local: Portal da Amazônia, em Vilhena (RO) 

Data: 12 de março de 2014, quarta-feira

Horário: 19h30 (de Brasília) 

Árbitro: Paulo Schleich Vollkopf (MS) 

Assistentes: Lincoln Ribeiro Taques e Gislan Antonio Garcia da Silva (ambos do MT)

Cartões amarelos: Alex Barcellos, Carlinhos, Willian Santos, Cucaú, Júnior e Edilsinho (Vilhena); Valdivia e Marcelo Oliveira (Palmeiras)


Gol

PALMEIRAS: Leandro, aos 42 minutos do segundo tempo


VILHENA: Dalton; Portela, Júnior, Alex Barcellos e Marinho; Thiaguinho, Cucaú, Willian Santos (Wertinho), Carlinhos e Edilsinho (Rocha); João Leandro (Roallase) - Técnico: Marcos Birigui

PALMEIRAS: Fernando Prass; Wendel, Lúcio, Marcelo Oliveira e Juninho; Eguren (Bruno César), França e Valdivia; Patrick Vieira (Mendieta), Vinicius (Leandro) e Alan Kardec - Técnico: Gilson Kleina



Valdivia sofreu com as poças no Portal da Amazônia

Valdivia sofreu com as poças no Portal da Amazônia

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