Luiz Marinho, PT, no ato realizado na última quinta-feira, 12, no Cenforpe (Centro de Formação de Professores), para sancionar o Estatuto do Magistério de São Bernardo, controverso e combatido pelo professorado e entidades de classe, fez um discurso agressivo e politicamente incorreto contra os opisitores às regras que ele quer implantar na rede pública de ensino. Marinho disse que os educadores contrários ao novo Estatuto do Magistério de São Bernardo “têm confusão mental”.
“Muito me admira que tem professor com essa confusão mental”
O dircurso agressivo de Luiz Marinho, PT, foi gravado em vídeo (assista no final da matéria - completo com cerca de 30 minutos) e, durante suas duras críticas aos opositores, é altamente hostilizado pelos presentes.
Durante quase todo o evento o prefeito petista reeleito em São Bernardo foi vaiado e em tom irônico, ditatorial e antidemocrático disse: “Meus amigos, baixem a bola, sentem e escutem. Se comportem como educadores que de fato vocês devem ser” e ameaça dizendo “estar de olho em eventuais irresponsabilidades que possam ocorrer na rede”. “Saibam disso”.
Marinho se refere aos opositores como minoria, porém sabe-se que a maior parte do professorado e profissionais da área além de entidades de classe rejeitaram as novas normas, inclusive o próprio sindicato dos professores e o sindicato dos servidores municipais. "Onde está a maioria então", questionou um professor que preferiu não se identificar por receio de represálias.
Aprovado em 26 do mês passado pelos vereadores da base governista, o controverso Estatuto do Magistério de São Bernardo teve cenas de verdadeiro 'thriller' de suspense em defesa de direitos.
Para Marinho, PT, a mudança vai benefiar os profissionais que se destacam na rede municipal, mas para sindicalistas, vai beneficiar os protegidos e apadrinhados do prefeito e sua trupe.
“Recebi de vocês um pedido para que não acatasse o resultado (negativo ao governo) da assembleia, com pouca gente. Se tem uma coisa que eu entendo é assembleia”, disse Marinho ao mencionar o abaixo-assinado com cerca de 2.400 assinaturas, entretanto diversos profissionais relataram que foram pressionados a assinar o documento, em verdadeiro assédio, que solicitava nova discussão da proposta em assembleia, ato que não chegou a ocorrer, pois a proposta de Marinho foi encaminhada à Câmara para votação dando o abaixo-assinado como válido por uma assembleia que não aconteceu.
Giovani Chagas, presidente do Sindserv, disse que as declarações de Marinho são condenáveis em toda sua extensão e afirmou que irá protocolar solicitação de esclarecimentos junto à Prefeitura sobre o caso.
