Estamos fazendo feio. A cada dia que passa a imagem do Brasil nos meios internacionais está deteriorando. Corrupção, falcatruas, instabilidade econômica latente, decisões administrativas, políticas e econômicas estapafurdias que, ao serem criticadas, são imediatamente alteradas. Isso demonstra uma falta de comando estratético. Não estou dizendo político, o comando político existe e até demais, o que falta é comando estratégico. Vejamos o caso da Petrobras: o Conselho determina que os aumentos serão automáticos, mas não especifica a regra, então o mercado reage negativamente e Dilma contraria a decisão e proibe os reajustes automáticos; ao aumentar o diesel, a Petrobras cria um novo problema político, pois a poucos meses atrás a presidente Dilma criava condições para a redução nas passagens de ônibus e os empresários do setor, pressionados por políticos e pela opinião pública, reduziram suas margens para manter os preços anteriores e, depois do aumento, agora fica a dúvida de como deverá ser o reajuste das passagens, pois o aumento dos custos é inevitável.
O Mensalão é outro fator que desagrada aos investidores e à população em geral. Condenados posam de heróis (mártires) e dizem ser presos políticos. Constantes descompassos entre ministros e a presidente são alvo de críticas de investidores que setem insegurança para investir em país que demosntra estar de rédeas soltas.
Como divulgado pela ONG (leia matéria ao lado), o Brasil caiu três posições chegando aà 72a posição comparado a 177 países.
O ano de 2014 será decisivo na história do Brasil, não pela Copa, mas sim por ser um divisor de águas.
Afinal o que desejam os brasileiros? Quem se preocupa com a imagem de nosso país no exterior? Quem gostaria de ser respeitado quando viaja? Quem não gosta de ser motivo de piada do tipo: ‘...esconde o relógio que lá vem um brasileiro na sua direção...’?
Aos políticos que almejam cargos executivos um conselho: enquanto disputarem poder dentro de seus próprios ninhos, jamais chegarão ao cume da montanha!
* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus