Às voltas com lesões e de fora dos últimos quatro jogos do Santos, Montillo retornou de maneira decisiva neste sábado. Com gol e assistência do meia argentino para Everton Costa, a equipe santista venceu a Ponte Preta por 2 a 1 e reencontrou a tranquilidade no Pacaembu. Os três pontos somados em São Paulo trazem tranquilidade a Claudinei Oliveira depois de derrotas para Portuguesa e Coritiba nos últimos dois jogos.
Antes das partidas de domingo, o Santos chega a 39 pontos, exatamente igual ao Atlético-MG, quinto colocado. Já a Ponte Preta, que havia vencido no último meio de semana, continua estacionada em 26 pontos e na penúltima posição do Campeonato Brasileiro depois de 28 rodadas.
Diante de aproximadamente 8 mil torcedores no Pacaembu, a equipe santista não chegou a empolgar, mas construiu o marcador em um raro jogo em que atuou próxima de sua força máxima. A Ponte Preta chegou a exigir trabalho de Aranha, mas o goleiro do Santos mostrou a habitual segurança. No fim, impediu o empate da Ponte em lance crucial.
O primeiro lance de perigo foi justamente da Ponte, aos 13min, em chute de Elias que Aranha segurou. Alguns minutos depois, Ferron teve boa oportunidade de cabeça, mas o goleiro santista reapareceu bem. Mesmo em um primeiro tempo apagado, o Santos encontrou seu gol aos 44min: Montillo cobrou falta pelo meio e Everton Costa desviou de cabeça para marcar o primeiro com a camisa alvinegra.
Enquanto Aranha continuava firme na defesa, o Santos ampliou a vantagem em um contragolpe mortal. Cícero arrancou em alta velocidade e deu passe preciso para Montillo: o argentino usou e abusou da categoria para fintar Roberto e tocar para o gol vazio aos 23min. Com 2 a 0 no marcador, a equipe santista parecia caminhar para um fim de jogo tranquilo, mas teve mais emoção.
Com Cicinho expulso por cera, o Santos ficou com um a menos e a Ponte Preta diminuiu aos 45min. Rafael Ratão foi lançado com liberdade, Leandrinho vacilou ao dar condição de jogo e ele não perdoou com bonito toque por baixo de Aranha. William, aos 46min, quase empatou: frente a frente, livre, foi barrado pelo goleiro santista.
O jogo
Animado por cheerleaders e de volta a São Paulo pela primeira vez desde maio, o Santos levou cerca de 8 mil torcedores ao Estádio do Pacaembu para encarar a Ponte Preta às 21h (de Brasília). Os torcedores presentes acompanharam boas atuações de Montillo e o goleiro Aranha em triunfo no sufoco por 2 a 1 - Foto Terra
O razoável público que compareceu ao Estádio do Pacaembu refletiu o mau momento do Santos no Campeonato Brasileiro. Dono de uma campanha de três derrotas nos últimos quatro jogos, a equipe de Vila Belmiro tentou imprimir seu ritmo de jogo diante dos ponte-pretanos, que permaneceram com uma postura cautelosa e buscando os contra-ataques para surpreender o rival.
Mesmo mais retraída, a Ponte Preta criou a primeira grande chance da partida. Aos 26min, Fellipe Bastos cobrou escanteio na medida para o zagueiro Ferrón, que exigiu grande defesa do goleiro Aranha. O lance serviu para acordar o time da casa, que ameaçou a meta adversária na sequência com Thiago Ribeiro.
Por conta do truncado jogo no Pacaembu, a bola parada se mostrou decisiva. Melhor para o Santos, responsável por abrir o placar na capital paulista. Aos 44min da primeira etapa, o argentino Montillo cobrou falta venenosa para dentro da área da Ponte Preta e encontrou a cabeça de Everton Costa, que desviou do goleiro Roberto e anotou o primeiro gol pelo time santista.
A vantagem obtida nos segundos finais da primeira etapa permitiu ao Santos atuar menos pressionado na segunda etapa. A Ponte, desesperada pela situação na tabela, adiantou a marcação e até ameaçou exercer uma pressão. Logo aos 4min, Fellipe Bastos, importante arma ofensiva campineira em virtude dos longos chutes, acertou uma bomba e exigiu grande intervenção de Aranha.
Com a vitória encaminhada, o Santos procurou atrair a Ponte Preta para o seu campo defensivo a fim de encaixar um contra-ataque. Ele veio aos 23min, e de maneira categórica. O meio-campista Cícero aplicou um chapéu no meio-campo, arrancou e rolou para Montillo. O argentino, com um toque de classe, tirou o goleiro Roberto e completou para as redes vazias.
A complicada situação ponte-pretana na partida, com o segundo gol, apenas piorou. Visivelmente abatido por conta da desvantagem, o time visitante pouco ameaçou a meta santista até o final do jogo. Jorginho apostou no experiente Adrianinho para iniciar a reação. Entretanto, a aposta do tetracampeão mundial surtiu o efeito desejado somente nos acréscimos, quando Rafael Ratão descontou - em momento no qual o Santos já jogava com 10 (Cicinho foi expulso).
FICHA TÉCNICA
SANTOS 2 X 1 PONTE PRETA
Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 12 de outubro de 2013, sábado
Horário: 21 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)
Assistentes: Gustavo Rodrigues de Oliveira e Fabrício Porfírio de Moura (ambos de SP)
Cartões amarelos: Edu Dracena, Alison, Leandrinho e Cicinho (Santos); Elias, Ferron e Edson Bastos (Ponte Preta)
Cartões vermelhos: Cicinho (Santos)
GOLS:
SANTOS: Everton Costa, aos 45 minutos do primeiro tempo e Montillo, aos 24 minutos do segundo tempo
PONTE PRETA: Rafael Ratão, aos 44 minutos do segundo tempo
SANTOS: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Gustavo Henrique e Emerson Palmieri; Alison (Alan Santos), Arouca, Cícero e Montillo (Leandrinho); Thiago Ribeiro e Everton Costa (Victor Andrade)
Técnico: Claudinei Oliveira
PONTE PRETA: Roberto; Régis, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Baraka, Alef (Leonardo), Fellipe Bastos e Elias (Adrianinho); Rildo (Rafael Ratão) e William
Técnico: Jorginho
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