Corinthians derrota o Bahia e tenta espantar a crise

 

Esporte - 02/10/2013 - 10:39:23

 

Corinthians derrota o Bahia e tenta espantar a crise

 

Da Redação com agências

Foto(s): Terra

 

Guerrero abriu o marcador para o Corinthians vencer o Bahia por 2 a 0 em Mogi-Mirim

Guerrero abriu o marcador para o Corinthians vencer o Bahia por 2 a 0 em Mogi-Mirim

Aquilo que chegou-se a definir como crise no Corinthians encontrou o fim na noite desta quarta-feira, em Mogi Mirim. A torcida - inclusive a que causou a punição de perda de mando de campo, obrigando o time a mandar a partida no interior paulista - voltou a comemorar gols e vitória. Ao vencer o Bahia por 2 a 0,pelo Campeonato Brasileiro, o time alvinegro exorcizou todos os demônios recentes: jejum do ataque, ausência de vitórias, proximidade do rebaixamento e contestações sobre o técnico Tite. 

O torcedor corintiano comemorou gol na partida contra o Goiás, em 15 de setembro, no Pacembu. Na derrota por 2 a 1, o time marcou aos 33min do segundo tempo, após cruzamento em que Pato sequer desviou na direção do gol, mas a bola bateu em Ramon, que corria na jogada, e acabou por empurrar para dentro. Foi gol contra, creditado ao atacante. Em Mogi Mirim, o time voltou efetivamente a balançar as redes. 

Antes disso, Paolo Guerrero havia sido o último a marcar, aos 37min do segundo tempo, fechando a goleada por 4 a 0 contra o Flamengo, também no Pacaembu. Trinta e um dias depois, o atacante voltou às redes: completou de cabeça uma cobrança de escanteio de Emerson desviada por Guilherme, aos 20min do primeiro tempo. A comemoração foi uma espécie de desabafo, com chute na bola ao lado do gol, raiva e vibração ímpar.

Foi pelo alto que o Corinthians construiu a vitória sobre o Bahia. Cleber, zagueiro reserva que começou jogando por conta dos desfalques defensivos do time, fez de cabeça em outra cobrança de escanteio de Emerson aos 41min. Na comemoração, também emocionada do atleta que tenta se firmar, ele puxou uma fila de abraços e tapas na cabeça de Tite, treinador que começava a sentir a pressão no cargo.

O Corinthians campeão mundial deixou para trás nesta quarta essa pressão, aumentada significativamente pela derrota por goleada para a Portuguesa, por 4 a 0, na última rodada. Foi-se o jejum de oito jogos sem vitória no Brasileiro. E, de quebra, mostrou ao torcedor que não é para tanto a preocupação com a proximidade da zona de rebaixamento, depois de engatar a pior série desde 2007, ano da queda.

Diferente daquele time esforçado, porém sofrível que foi parar na Série B, o Corinthians da noite de quarta mostrou várias qualidades: dominou o Bahia, marcou bem, não correu riscos e confirmou sem problemas o triunfo.

Pecou muito no ataque, é verdade, desperdiçando boas jogadas e errando. No segundo tempo tempo deu apenas um chute ao gol, sem qualquer perigo. As principais chances foram em chutes de fora da área e nas bolas aéreas. Foi mais do que o suficiente para exorcizar todos os demônios recentes.

O jogo

A mudança forçada do Pacaembu para o Estádio Romildo Ferreira, nome dado em homenagem ao pai do ex-jogador e ex-presidente do Mogi Mirim, Rivaldo, sugeria um ambiente de menos pressão para o Corinthians.

Ainda assim, um pequeno grupo de torcedores fez questão de xingar e cobrar os jogadores alvinegros assim que a equipe subiu para o gramado para o aquecimento pré-jogo. Só Tite teve seu nome gritado em tom de incentivo. 

Para sorte do Corinthians, o primeiro gol saiu cedo. Depois de Pato ter carimbado a falta em cobrança de falta no primeiro minuto, aos 19, Emerson cobrou escanteio, Guilherme desviou para o meio da área, e Guerrero completou, também de cabeça, para a rede. Foi o primeiro gol marcado pelo Corinthians em 31 dias, desde a goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo. O time até balançou a rede na derrota para o Goiás, em 15 de setembro, mas em gol contra do adversário.

O jogo era nervoso e, a todo instante o árbitro André Luis de Freitas, de Goiás, precisava separar uma briga. A partir do gol, o Bahia passou a ocupar o campo de defesa corintiano.

Mas foram Pato e Danilo os responsáveis pelos lances mais perigosos, em chutes cruzados.    Aos 40, novamente em escanteio cobrado por Emerson, saiu o segundo gol corintiano. O zagueiro Cléber cabeceou e fez o seu logo na estreia. O time foi comemorar no banco com o técnico Tite. Os torcedores gritaram o nome do treinador. 

O ritmo dos donos da casa caiu na etapa final. Pato teve boas chances de marcar. Em uma delas demorou para finalizar e, na outra, chutou muito mal.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 2 X 0 BAHIA

Local: Estádio Romildão, em Mogi Mirim (SP)

Data: 2 de outubro de 2013, quarta-feira

Horário: 21h50 (de Brasília)

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO)

Assistentes: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Fabiano da Silva Ramires (ES)

Público: 9.917 pagantes (total de 10.003)

Renda: R$ 223.758,00

Cartões amarelos: Emerson, Edenílson e Danilo (Corinthians); William Barbio, Lucas Fonseca, Feijão, Wallyson e Helder (Bahia)

Gols: Guerrero, aos 19, e Cleber, aos 40 minutos do primeiro tempo

CORINTHIANS: Cássio; Edenílson, Felipe, Cleber e Alessandro; Ralf, Guilherme (Maldonado) e Danilo; Emerson (Romarinho), Guerrero (Jocinei) e Alexandre Pato
Técnico: Tite

BAHIA: Marcelo Lomba; Mádson, Lucas Fonseca, Titi e Raul; Feijão, Helder e Marquinhos (Wangler); Wallyson (Obina), Fernandão e William Barbio (Rafael Miranda)
Técnico: Cristóvão Borges

Zagueiro Cleber fez o segundo do Corinthians e conseguiu marcar logo em sua estreia com o clube paulista

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Equipe corintiana mostrou alívio com o reencontro com as vitórias

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