O Atlético-MG foi abalado nesta semana com a notícia da grave contusão do seu principal jogador, Ronaldinho. Mas a resposta dada em campo foi de alto nível: em casa, o time mineiro venceu o Santos por 3 a 1, apesar de ter tomado susto no segundo tempo. Com a vitória, o Atlético-MG sobe para o quinto lugar, mas ainda está longe do G-4 - tem 35 pontos contra 41 do Atlético-PR, quarto lugar. Já o Santos ficou com 33 e teve sua ascensão brecada no Campeonato Brasileiro.
O Santos começou fechado na defesa e ainda assim fez o primeiro gol do jogo - aos 15min, Mena foi para a linha de fundo e rolou para Cicinho balançar a rede. Porém, o Atlético-MG acordou com o gol sofrido e demorou apenas três minutos para responder: Fernandinho cruzou da esquerda e Luan apareceu para finalizar e superar Aranha.
Os gols deixaram a partida agitada e obrigaram os goleiros a trabalhar. Giovanni salvou o Atlético-MG duas vezes, em finalizações de Thiago Ribeiro e Cícero. Depois, foi a vez de Aranha brilhar para defender um arremate de Josué.
Mas Aranha foi superado ainda no primeiro tempo, aos 37min. Diego Tardelli e Fernandinho começaram uma tabela bonita ainda no campo de defesa, pelo lado esquerda. Quando chegaram no ataque, a bola foi virada para Marcos Rocha, que dominou no peito e acertou um perfeito chute cruzado para o gol.
Atrás no placar, o Santos voltou para o segundo tempo com mais iniciativa e se lançando para o ataque. Mas pouco eficiente, o time só assustou mesmo em um cabeceio de Alisson que foi na trave, mas quando não valia mais nada - o juiz entendeu que a bola saiu de campo antes do cruzamento de Mena.
Mas a ofensividade do Santos começou a virar uma armadilha para ele mesmo, já que Atlético-MG passou a encontrar espaços e encaixar contra-ataques. Aos 23min, por exemplo, Diego Tardelli avançou em velocidade, tocou para área e quase viu Cicinho marcar um gol contra. Depois, Luan também levou perigo com bons chutes, inclusive em cobrança de falta aos 28min.
Só nos minutos finais a pressão santista voltou a acontecer. A principal chance foi de Willian José, que aproveitou outro bom cruzamento de Mena e cabeceou bem, mas a trave impediu o gol do empate. E aos 43min ainda saiu o gol que trouxe alívio para os atleticanos, marcado por Alcsandro na área.
O jogo
Jogando em casa, o Atlético-MG não teve dificuldades para controlar a posse de bola, mas o Galo não conseguiu imprimir um ritmo acelerado devido a marcação do Santos, que marcou os mineiros no campo defensivo, aguardando uma chance de emplacar um contra-ataque. Sem espaços para finalizar dentro da área do Peixe, a primeira conclusão em gol foi do volante Josué, em chute de longa distância.
Aos poucos, o Galo começou a explorar mais os lados do campo, principalmente com Fernandinho e Tardelli, que deram muito trabalho para os defensores santistas. Centralizado, o avante Jô procurou fazer o pivô para os jogadores que chegam do meio-campo, jogada tradicional da equipe mineira, mas que sempre preocupa os adversários.
Até os 14 minutos, o Santos ainda não tinha conseguido agredir o time da casa com perigo, mas na primeira oportunidade, os visitantes chegaram ao gol com Cicinho, que apareceu livre na área para escorar cruzamento de Mena pela esquerda, em uma falha do setor defensivo atleticano. A resposta do Galo não demorou e veio com Luan, que completou cruzamento de Fernandinho, que passou com facilidade pelos marcadores para dar assistência perfeita para o empate alvinegro.
Os dois gols incendiaram a partida no Horto, que ficou mais aberta com as duas equipes perseguindo a vitória. Aos 19, o Santos quase marcou o segundo com Cícero, que encontrou espaços na área do Galo e fuzilou o goleiro Giovanni, que fez grande defesa. A torcida atleticana passou a empurrar a equipe em busca da virada, deixando o duelo eletrizante e muito bem jogado.
Atuando em casa, o Atlético-MG procurou ter o controle da partida nas mãos, mas o time da Vila Belmiro se mostrou muito perigoso na saída para o ataque. A insistência do Galo foi coroada com uma bela trama ofensiva, que terminou aos 35 minutos, com uma finalização de rara felicidade do lateral Marcos Rocha, que de fora da área, acertou o ângulo de Aranha, levando o Independência à loucura.
Mesmo em desvantagem, o Santos não mudou o jeito de jogar, esperando o Atlético-MG chegar para tentar encaixar um ataque em velocidade. Com essa postura, a partida perdeu um pouco em intensidade na etapa final, mas seguiu disputada em grande nível e com jogadas de qualidade.
Melhor no jogo, os atleticanos foram aos poucos acuando o Peixe no campo defensivo e agredindo com mais força. Preocupado com o recuou do Santos, o técnico Claudinei Oliveira resolveu trocar Renato Abreu, figura apagada no jogo, por Willian José na tentativa que os visitantes adiantassem as linhas de marcação.
Correndo riscos de sofrer o terceiro gol, os paulistas passaram a sair um pouco mais do campo defensivo, criando algumas chances de empatar, mas os mineiros continuaram com as rédeas do jogo. Somente na parte final da partida é que o Galo passou a administrar o resultado, mesmo assim, Alecsandro ainda encontrou tempo para anotar o terceiro gol da equipe da casa, fechando o placar.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 3 X 1 SANTOS
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 29 de setembro de 2013, domingo
Horário: 18h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Claudio Regazone (ambos do RJ)
Cartões amarelos: (Atlético-MG) Marcos Rocha, Neto Berola (Santos) Gustavo Henrique, Mena
Gols:
Atlético-MG: Luan, aos 17 e Marcos Rocha, aos 35 minutos do primeiro tempo; Alecsandro, aos 42 minutos do segundo tempo
Santos: Cicinho, aos 14 minutos do primeiro tempo
ATLÉTICO-MG: Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre, Josué, Tardelli e Luan (Dátolo); Fernandinho (Neto Berola) e Jô (Alecsandro)
Técnico: Cuca
SANTOS: Aranha; Bruno Peres (Everton Costa), Edu Dracena, Gustavo Henrique e Mena; Alison, Arouca, Cicinho, Renato Abreu (Willian José) e Cícero; Thiago Ribeiro (Giva)
Técnico: Claudinei Oliveira
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