A presidente Dilma Rousseff reagiu à denúncia de que os Estados Unidos, por meio da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), teriam espionado a Petrobras. Para ela, se confirmar a informação, cai por terra o argumento americano de que a estratégia dos EUA de inteligência tem como objetivo a manutenção da segurança.
“Se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo de violação e de espionagem não é a segurança ou ocombate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos”, afirmou a presidente, por meio de nota oficial.
“Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro”, disse em outro momento.
Segundo Dilma, "o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos".
"Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas", finaliza a presidente.
A nova denúncia, feita pelo Fantástico, da TV Globo, apresenta pela primeira vez a espionagem do governo americano a uma empresa brasileira. Já pela manhã, Dilma conversou com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard.