PIB surpreende, mas falta revolução produtiva, diz ex-presidente do BC

 

Economia - 31/08/2013 - 17:56:53

 

PIB surpreende, mas falta revolução produtiva, diz ex-presidente do BC

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco

Ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco

O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central (BC) durante o governo de Fernando Henrique Cardoso criticou neste sábado a política econômica atual promovida pelo BC. Segundo ele, falta clareza na condução da política econômica e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre (1,5% ante o semestre anterior), embora tenha sido uma boa notícia, o resultado anual ainda não deve ser muito alto.

"Com certeza foi um resultado surpreendente diante dos indicadores, mas não é uma transformação, não é uma revolução produtiva", conta. Ele afirmou ainda que é esperado que o crescimento supere os 2% ao ano previstos anteriormente, mas que o resultado esperado ainda é um número "magrinho".

O economista afirmou durante o 6º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais promovido pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste sábado em Campos do Jordão (SP) que o BC brasileiro precisa ter uma estratégia mais clara. Conforme Franco, não há certezas de que a turbulência cambial foi embora e que a moeda nacional tenha encontrado estabilidade em cerca de R$ 2,40 frente ao dólar. "É arriscado dizer que nós ultrapassamos a turbulência. Uma coisa que o câmbio sempre faz é surpreender."

Ele criticou ainda a maneira do governo usar as reservas nacionais para conter a alta da moeda americana, com venda de dólares no mercado futuro e não no mercado à vista. "Nós temos uma quantidade enorme de reserva e o mercado se pergunta por que não usar essas reservas no mercado direto e só no mercado futuro. (...) Se você usar a arma mais poderosa na partidas (as reservas) pode, sim, evitar que o problema se agrave. Mas falta clareza. (...)Quando o que as autoridades falam não casa com o que fazer, o mercado fica nervoso."

Para o ex-presidente do BC, as incertezas não devem sumir em um curto prazo. "Daqui até a eleição é esperado um período crescente de volatilidade", afirma.

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