Professores da rede estadual decidem manter greve em SP

 

Nacional - 03/05/2013 - 19:33:55

 

Professores da rede estadual decidem manter greve em SP

 

Da Redação com agências

Foto(s): Terra

 

Os educadores estão em greve há quase duas semanas. Eles criticam a política do governador Geraldo Alckmin na educação e cobram reajuste salarial

Os educadores estão em greve há quase duas semanas. Eles criticam a política do governador Geraldo Alckmin na educação e cobram reajuste salarial

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram em assembleia, nesta sexta-feira, manter a paralisação da categoria, que já dura duas semanas. Os professores se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Polícia Militar de São Paulo calculou a presença de 4 mil pessoas durante o protesto. O sindicato da categoria (Apeoesp) informou que havia a presença de 10 mil pessoas. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira, no mesmo local. 

Por conta da manifestação, o trânsito da avenida Paulista ficou fechado das 15h30 até as 17h20 no sentido Consolação. Os professores saíram em passeata até a secretaria de Gestão, no centro da capital paulista, e a previsão é a de que o ato se encerre em frente à secretaria estadual de Educação, na Praça da República, também na região central da cidade.

Entre as reivindicações está o reajuste salarial de 36,74% e complementação do aumento referente a 2012, de 10,2%, além do cumprimento de no mínimo 33% da jornada para atividades extraclasse, como determina a Lei do Piso, e mudanças na forma de contratação dos docentes temporários. 

O governo, porém, entende que já respeita a jornada e ressalta que o salário de São Paulo é superior ao que determina a lei. A mobilização aconteceu poucos dias após o governador confirmar o aumento no reajuste previsto para julho de 6% para 8,1%. Assim, o salário inicial de um professor de educação básica que leciona para classes de anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, com jornada de 40 horas semanais, que é de R$ 2.088,27, passará para R$ 2.257,84 a partir de 1º de julho. 

De acordo com Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, a decisão por se manter a greve se deu porque da semana passada para cá não houve qualquer avanço nas negociações. "As negociações não avançaram. Na semana passada, o secretário de educação (Herman Jacobus Voorwald) não acenou com nada. Não houve uma rede de negociação na última semana. As informações que temos vêm da imprensa", disse a presidente.

Ela disse ainda que não há como unificar a luta dos professores da rede estadual com os da rede municipal da capital paulista, que decidiram entrar em greve nesta sexta-feira. "A luta dos servidores da rede municipal não tem nada a ver com a nossa. Eles terão a nossa solidariedade, mas não tem como unificar se do governo do Estado eu estou ganhando 30% a menos do que o município. Estou lutando para ter uma recomposição salarial enquanto eles têm 12 % e mais 13% no ano que vem", disse ela.

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