Grupo que queimou dentista é suspeito de outros 2 assaltos na Grande SP
Da Redação com agências
Foto(s): Reprodução
Polícia Civil divulgou retrato-falado de dois suspeitos de matar dentista
A Polícia Civil de São Paulo divulgou nesta sexta-feira os retratos-falados de dois suspeitos de envolvimento na morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, que teve seu corpo queimado durante um assalto a seu consultório em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, na tarde de quinta-feira. Segundo a polícia, a quadrilha é suspeita de ter praticado ao menos outros dois assaltos na Grande São Paulo. Um dos casos ocorreu no final de outubro de 2012, em São Bernardo, e o segundo foi cometido na região do Sacomã, na capital paulista, no último dia 18.
Foto: Reprodução
De acordo com a polícia, a dentista foi assassinada por volta das 12h30 de quinta-feira, depois que três homens invadiram o consultório e anunciaram o roubo. Eles jogaram álcool e atearam fogo à mulher após se irritarem por ela ter pouco dinheiro na conta, cerca de R$ 30. Um dos suspeitos foi identificado como Jonathas Cassiano Araújo, 21 anos. A polícia não descarta a participação de um quarto elemento no crime.
Os suspeitos foram identificados por imagens das câmeras de segurança uma loja de conveniência onde realizaram saques com o cartão da vítima.
Segundo o delegado seccional de São Bernardo do Campo, Waldomiro Bueno Filho, Jonathas foi identificado por seis testemunhas. De acordo com a polícia, ele trabalhava em uma loja de informática e estava desempregado há cerca de um mês. Waldomiro acredita que mesmo trabalhando o suspeito cometia crimes. "É ladrão", disse o delegado.
De acordo com as investigações, quatro elementos unem crimes sendo apurados, entre eles os três creditados ao grupo, e indicam que a quadrilha tenha participação em outras ações: o carro, a arma usada - que seria a mesma -, a tortura psicológica e os indivíduos.
Segundo a polícia, os bandidos usam uma pistola niquelada em suas ações. O Audi preto visto no assalto ao consultório da dentista, e usado na fuga do grupo, foi apreendido nesta sexta-feira e periciado. Ele está no nome da mãe de Jonathas, que, em depoimento, também reconheceu o filho nas imagens. No carro, a polícia tenta encontrar digitais e outros vestígios que possam indicar a responsabilidade dos suspeitos.
No prédio onde mora a mãe de Jonathas, a polícia encontrou um Honda Fit levado de um consultório, assaltado no Sacomã, outro ponto que relaciona o suspeito ao crime cometido ainda este mês.
'Questão de honra'
Para o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Maurício Souza Blazeck, a prisão do grupo virou "questão de honra para a polícia". "Pela brutalidade (...) é questão de honra para a polícia ver esses homens presos", disse. "São elementos perigosos, que não podem ficar soltos".
Com o retrato-falado, a polícia pretende agora contar com a colabração da população para identificar e localizar os suspeitos.
Polícia descarta participação de menor
O adolescente ouvido nesta madrugada, indicado inicialmente como suspeito do crime, teve sua participação no crime descartada. De acordo com Waldomiro, ele foi ouvido apenas como testemunha e ajudou os policiais com informações.