O gesto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de botar na cabeça o boné do MST teve uma péssima repercussão no Congresso Nacional. Oposicionistas viram na atitude um incentivo à onda de saques e invasões promovidas pelo MST. Até mesmo aliados concordaram que o presidente não foi feliz ao usar o boné do movimento.
Mas a tropa de choque governista saiu em defesa do presidente alegando que não passou de um gesto de generosidade que o presidente já teve com outros segmentos e entidades. “Esse foi mais um improviso (do presidente)”, disse o líder do PPS, Roberto Freire (PE).
Com assinaturas de integrantes da base governista, mas nenhum deles do PT, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), apresentou requerimento para a instalação da CPI do MST, para investigar “as sucessivas e violentas invasões de terras” feitas pelo movimento. O tucano teve o apoio de 34 dos 81 senadores. O número mínimo para o pedido eram 27 assinaturas. “A CPI é desprovida de caráter partidário e interessa a todos,” disse Virgílio.
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