
Santos e Paulo Henrique Ganso se reuniram na tarde desta sexta-feira, para discutir mais uma vez o futuro do meia. Durante o encontro, a direção do Santos apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para o camisa 10. Os santistas esperam que Ganso, um dos salários mais baixos do elenco alvinegro - o jogador, que compareceu sozinho a reunião, recebe R$ 130 mil mensais -, pondere os números oferecidos e aceite renovar seu contrato com o clube.
Com a nova oferta de reajuste salarial nas mãos, o "maestro" ganhou alguns dias para pesar os prós e os contras da proposta do Santos. Caso decida permanecer na Vila Belmiro, o contrato de Ganso seguirá válido até fevereiro de 2015, mas o Santos poderia até mesmo tentar aumentar os valores da multa rescisória do atleta.
O clube praiano tenta se reaproximar de Paulo Henrique Ganso, após as inúmeras polêmicas que esquentaram os bastidores santistas, nos últimos dias. O ponto alto da crise foi atingido depois da derrota para o Bahia, por 3 a 1, na última quarta, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.
O meio-campista foi chamado de "mercenário" por torcedores, que atiraram moedas em sua direção, na saída do gramado da Vila, e o perseguiram até o CT Rei Pelé. Palavras de ordem pedindo que Ganso deixasse o time foram pichadas no muro do local.
O jogador reforçou a sua segurança após esse episódio. Além disso, Paulo Henrique Ganso acredita que faltou respaldo dos dirigentes alvinegros a ele, para que a situação não chegasse a tal ponto. O Santos manifestou apoio ao camisa 10 na primeira reunião entre ambos, nesta quinta, e espera que os recentes acontecimentos não influenciem na sua decisão.
Ganso deve analisar a oferta santista junto com os seus familiares. Porém, existe a possibilidade de que o meia não responda ao Santos, até que seja esgotada qualquer hipótese de uma transferência para o São Paulo.
Vale lembrar que, na noite de quinta, a cúpula alvinegra emitiu nova nota oficial, reiterando que o Paulo Henrique Ganso não seria negociado por valor inferior ao estipulado na sua multa rescisória, para o mercado interno: R$ 53 milhões.
Pela manhã, Ganso não participou do treino santista, no CT Rei Pelé. A explicação da assessoria de imprensa do clube foi uma contusão no músculo de transição da região miotendínea proximal do tendão reto femoral da coxa esquerda. A lesão deve deixar o atleta afastado de duas a quatro semanas dos gramados.
Sem condições de enfrentar o Sport, domingo, na Ilha do Retiro, o meio-campista completaria seis jogos no Brasileirão - a partir da sétima partida, nenhum jogador pode mais vestir a camisa de outra agremiação no campeonato.
No período da tarde, o diretor de futebol são-paulino, Adalberto Baptista, rebateu alguns pontos da última nota oficial do Santos, negando que tenha comunicado ao ex-diretor de futebol e atual membro do Comitê de Gestão do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, uma possível desistência da contratação de Paulo Henrique Ganso. O dirigente São Paulogarantiu que o seu clube segue interessado em levar o meia para o Morumbi.
Os direitos econômicos de Ganso estão divididos entre o clube praiano e o grupo DIS. Os alvinegros detêm 45% e o investidor é dono dos 55% restantes dos direitos do atleta.