Nova pesquisa mostra que diferença entre Hollande e Sarkozy caiu

 

Internacional - 30/04/2012 - 08:52:55

 

Nova pesquisa mostra que diferença entre Hollande e Sarkozy caiu

 

Da Redação com agências

Foto(s): AFP

 

Debate coloca Hollande (esq.) e Sarkozy (dir.) frente a frente nesta quarta

Debate coloca Hollande (esq.) e Sarkozy (dir.) frente a frente nesta quarta

O candidato socialista François Hollande segue como favorito nas eleições presidenciais francesas com 53% das intenções de voto, mas a distância para o presidente e aspirante à reeleição, Nicolas Sarkozy, diminuiu dois pontos, segundo a última pesquisa do Instituto Ipsos.

 

Esse resultado, que dá ao candidato conservador 47% dos votos, um ponto a mais que na semana passada, responderia principalmente às previsões de uma mobilização "um pouco mais forte" do eleitorado do centrista François Bayrou e à abstenção de uma "pequena parte" dos eleitores do esquerdista Jean-Luc Mélenchon.

 

Os autores da pesquisa descartam que a alta do ainda chefe de Estado esteja relacionada a uma melhor amparada dos eleitores da ultradireitista Marine Le Pen, já que a percentagem de seus seguidores que votariam em Sarkozy caiu de 60% para 54% desde a última enquete.

 

Segundo o Ipsos, Hollande conta com um apoio "majoritário" de boa parte das categorias demográficas consultadas, com a exceção do tradicional voto de direita, composto pelos maiores de 60 anos, os aposentados, os artesãos, comerciantes e empresários, que lhe apoiam em 60% dos casos.

 

A pesquisa revela ainda que a rejeição a Sarkozy teria diminuído durante a campanha, já que contra 57% dos eleitores que em fevereiro desejavam "verdadeiramente" que o atual presidente fosse vencido, hoje estes somam apenas 45%.

Candidato socialista evita colocar DSK na campanha eleitoral francesa

O socialista François Hollande, candidato à presidência da França, deu neste domingo (29) declarações que mostram seu esforço para desvincular a sua imagem da de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

"Dominique Strauss-Kahn não participa na campanha presidencial", declarou Hollande à emissora de televisão Canal Plus. "Por isso, não tem razão para reaparecer de nenhuma maneira até que acabe esta campanha", pontuou.

 

Hollande enfrentará o atual presidente Nicolas Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais no próximo domingo, 6 de maio. Até o ano passado, Strauss-Kahn era o principal nome da esquerda francesa para a corrida presidencial, mas tudo mudou depois das denúncias de abuso por parte de Nafissatou Diallo, camareira de um hotel em NovaYork. Ele chegou a ser preso em 14 de maio de 2011, e sua carreira política ficou manchada.

 

Na noite de sábado, Strauss-Kahn apareceu em um bar parisiense em que o socialista Julien Dray festejava seu aniversário, o que levou dirigentes do Partido Socialista, como a ex-candidata à presidência Segolene Royal, a se retirar da comemoração.

 

Fora da corrida presidencial, Strauss-Kahn (ou DSK, como é conhecido pelos franceses), levantou uma polêmica no sábado ao ter declarações publicadas no jornal britânico "The Guardian" atribuídas a ele.

 

"Não acreditava que iriam tão longe (...), não pensava que poderiam encontrar algo para me deter", disse DSK, segundo a entrevista para o Guardian, em referência aos partidários de Sarkozy.

 

Pessoas próximas a DSK alegaram neste domingo que a entrevista publicada pelo Guardian era uma "montagem" feita a partir de um livro que ainda não foi publicado.

 

DSK "deveria ter o pudor de se calar", reagiu Sarkozy.

 

Debate 'violento'

 

Na próxima quarta, Hollande e Sarkozy ficarão frente a frente em um debate de TV que, para analistas franceses, deve ser "violento".

 

As pesquisas de intenção de voto se mantêm estáveis desde o primeiro turno da votação, e preveem uma vitória de Hollande com entre 54% e 56% dos votos diante do  presidente em fim de mandato, que teria entre 45% e 46%.

"Se julgarmos pelo tom e o pano de fundo da campanha, então o debate será de animosidade. Estou preparado", assegurou Hollande.

 

"Faltará que François Hollande faça o que odeia: ser franco", disparou Sarkozy.

O tom entre os dois candidatos se elevou nos últimos dias. O resultado histórico da extrema-direita no primeiro turno, com cerca de 18% dos votos, levou Sarkozy a se alinhar com várias propostas da candidata ultradireitista Marine Le Pen.

 

Isto conduziu Sarkozy a adotar uma estratégia de 'direitização' do seu discurso, especialmente nos temas da segurança e da imigração, em busca dos votos da extrema-direita, o que tem sido criticado pela esquerda e, inclusive, por alguns setores da direita.

 

"Não haverá ministros da Frente Nacional (ultradireita), não haverá acordo com a Frente Nacional, (seus membros) não estarão na maioria", defendeu-se Sarkozy.

 

Além de DSK e da imigração, outro tema em pauta deve ser o das suspeitas de que o regime de Kadhafi financiou a campanha de 2007 que permitiu a Sarkozy chegar ao poder. O presidente qualificou de "infâmia" esta informação, publicada no site noticioso "Mediapart", que Sarkozy definiu como "escritório à serviço da esquerda".

Links

...Continue Lendo...

...Continue Lendo...

Vídeo