
Na última sexta-feira, o departamento de marketing do Corinthians lançou duas camisetas especiais, sendo uma delas provocativa ao São Paulo devido à recente "freguesia" do time contra a equipe alvinegra. Neste sábado, o vice-presidente de futebol do clube tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, respondeu à provocação corintiana.
"Se fôssemos seguir por essa linha que o Corinthians segue, certamente teríamos muito mais munição que eles. O São Paulo é o mais jovem entre os grandes do Estado, tem só 76 anos de história, mas é o mais glorioso. Ganhamos três Libertadores, três Mundiais, ninguém ganhou mais Campeonatos Paulistas nesse período, outros seis brasileiros, não se compara", afirmou Jesus Lopes em entrevista à Rádio Gazeta AM.
O lançamento das camisetas causou polêmica graças às referências ao São Paulo - com a frase "CPF na Nota?" - e também ao Santos, que foi lembrado na estampa "Eterno 7 x 1", referência à histórica goleada no Campeonato Brasileiro de 2005. Os produtos já estão disponíveis na loja oficial do clube no Parque São Jorge e ainda existe a promessa de uma provocação ao Palmeiras.
O dirigente do São Paulo ainda aproveitou para condenar a atitude do marketing corintiano, que "semeia discórdia" nos campos brasileiros. "Não é a nossa linha. Eu respeito, porque existem profissionais que fazem seu trabalho, mas não é a linha do São Paulo. Nossa linha não é semear discórdia. Futebol é entretenimento e precisa de disputa acirrada dentro das quatro linhas, fora de lá os torcedores têm que ser apaziguados".
Marketing Politicamente Incorreto
A irresponsabilidade do departamento de marketing do Corinthians é algo que beira à insanidade, disse um conhecido marketeiro esportivo nesse sábado.
O marketing esportivo é algo importante na sociedade e deve ser encarado de forma responsável. Esses que se dizem profissionais de marketing deveriam ser enquadrados na lei penal cabível ao caso.
O artigo 286 do Código Penal cita: "aquele que, em reunião pública, através de meio de comunicação social, por divulgação de escrito ou por outro meio de reprodução técnica, provocar ou incitar à prática de um crime determinado, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal".
Não se pode permitir que essas pessoas continuem com atitudes como essa. O Ministério Público precisa agir com firmesa e decisão.