O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afixou em um mural, na porta de seu gabinete no Congresso, um cartaz contra o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo. Ao lado de uma imagem de Haddad, o cartaz chama o petista de "o candidato do kit gay" e foi colocado em um espaço conhecido como "mural da vergonha".
Bolsonaro questiona se, caso seja eleito, Haddad tentará implementar nas escolas públicas paulistanas o kit anti-homofobia concebido quando ocupava o Ministério da Educação, que sofreu duras críticas de religiosos por supostamente fazer apologia à homossexualidade. Segundo o deputado, o eleitorado da capital paulista precisa conhecer bem os candidatos antes das eleições. "Para saber meu futuro, é preciso ver o meu passado", disse, em referência à gestão de Haddad no ministério.
Questionado sobre o impacto da ação nas eleições municipais, o deputado ironizou: "Eu acho que eu estou ajudando ele a ter votos de homossexuais. Não sei se ele vai ter de católico ou evangélico, mas de homossexual ele vai ter bastante voto", disse.
A reportagem tentou entrar em contato com o ex-ministro Fernando Haddad, mas não havia tido sucesso até as 18h20.
