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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu paciência à população e admitiu que as coisas são mais difíceis do que pensava. “Quando eu falo da paciência eu lembro de um filme que eu acredito que muitos já assistiram, O Velho e o Mar, uma história de Ernest Hemingway, que mostra a paciência do ser humano. Mostra a esperança de conseguir realizar um sonho”. O discurso do presidente foi feito esta manhã, durante a solenidade de lançamento da Conferência Nacional da Pesca, no Palácio do Planalto.
Segundo Lula é preciso tempo para o desenvolvimento de ações sólidas de governo. Ele comparou seu trabalho à construção de uma casa. “Por mais que a gente tenha pressa de morar, vai ter que começar a fazê-la pelo alicerce e, depois, vai ter que colocar tijolo sobre tijolo. Depois, colocar o madeiramento. Depois, colocar telhas para ela ficar pronta. Sempre demora um pouco mais do que a gente gostaria e, quando a gente tenta fazer uma casa, na base do mutirão, às vezes a gente chama um monte de amigos, trabalha, como a gente está aqui hoje, faz uma parede e, se a cerveja foi demais, na segunda-feira a gente descobre que a parede não está no prumo e precisa, então, refazer a parede. Ou tirar no reboco o que vai tornar mais cara a casa”, disse.
O presidente afirmou que não é preciso ter diploma universitário para ser político. “O cidadão, para ser médico, tem que ter diploma. Para ser jornalista, dizem que precisa - mas nem tanto. E vai por aí afora. Mas o político, não precisa. O político está na carne, está nas entranhas dele fazer as coisas corretas ou não. Eu sempre comparo, mais ou menos, ao futebol. Porque futebol é coisa que todo mundo entende. Mesmo os que não são corintianos entendem de futebol neste país. Como o Aloizio Mercadante, que é santista. Ou o Miro Teixeira, que é flamenguista, ou os cruzeirenses. Todo mundo entende”.
A busca da igualdade social foi, mais uma vez, anunciada pelo presidente como a principal meta de seu governo. “Diz o ditado que nenhum vento é bom quando não se sabe o porto aonde se quer chegar. Nós sabemos o porto aonde queremos chegar. O nome desse porto é justiça social. Sabemos que o desafio enfrentado nas águas é o mesmo que vivemos em terra firme. Cabe ao governo, a este governo, criar condições para que a sociedade paute a economia e o desenvolvimento pelo princípio da justiça social, da democracia participativa e da solidariedade republicana, com direitos e deveres iguais para todos”, declarou.
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