A possível saída do lateral Junior Cesar e as já confirmadas do volante Cleber Santana e do meia-atacante Fernandão do elenco são-paulino não significam "racha" no grupo, conforme foi especulado na última semana. Segundo o técnico Paulo César Carpegiani, todos os "medalhões" que não estiverem sendo utilizados com freqüência e se sentirem infelizes têm a liberdade de deixar o clube do Morumbi.
Carpegiani tem a intenção de rejuvenescer o grupo de atletas do São Paulo. Por isso, prefere ter em seu plantel garotos aguardando por uma chance no banco de reservas do que algum jogador mais experiente. Na quinta-feira, depois da eliminação do time na Copa do Brasil com a derrota de virada por 3 a 1 para o Avaí, o treinador disse ter "pago o preço" por um grupo com uma média de idade mais baixa. Mas não se arrepende.
"É muito mais razoável e coerente você ter um garoto esperando por uma oportunidade. Olha quantos garotos temos aí, e alguns ainda não jogaram", comentou Carpegiani nesta segunda-feira. "A prioridade tem que ser a garotada, que é a filosofia do clube. Aqueles mais velhos que estão jogando, ótimo. O meu pensamento e o da própria direção é que, se esses jogadores não têm possibilidade de virem a ser titulares, podem sair", reforçou.
Fernandão, que passou boa parte do início da temporada lesionado, assinou recentemente uma rescisão contratual com o São Paulo. No final da semana passada, o volante Cleber Santana foi apresentado como novo reforço do Atlético-PR. O próximo da lista pode ser Junior Cesar, que perdeu espaço com a chegada de Juan para a lateral esquerda.
O assunto Junior Cesar, aliás, vem tirando Carpegiani do sério por conta de especulações criadas em parte da imprensa, que apontaram Juan como "queridinho" do técnico são-paulino. "Fiquei irritadíssimo", admitiu o treinador. "O Junior é um profissional que merece meu respeito, mas que depois deste acontecimento teve uma atitude não-profissional", concluiu.