Especial Eleições 2010
O presidente do Partido Progressista, senador Francisco Dornelles (PP-RJ) formalizou, nesta quinta-feira (14), o apoio da legenda à candidatura da petista Dilma Rousseff à presidência da República. Apesar do apoio da agremiação, Estados que historicamente apoiam políticos tucanos em nível nacional, como os da região sul do País, estão liberados para integrar a campanha de José Serra (PSDB) na corrida pelo Palácio do Planalto.
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) foi o responsável pela alteração dos tempos verbais no texto: em vez de políticos que "forem condenados", ficou "tenham sido condenados". A manobra pode favorecer Maluf e muitos outros considerados FICHAS SUJAS pelos TREs nos tribunais superiores.
"O PP no primeiro turno apoiou majoritariamente a ministra Dilma. Quero reiterar este apoio porque concordamos com o programa da ministra", disse Dornelles que sugeriu, e teve a ideia acatada, de quatro novos pontos para o programa de governo de Dilma. O novo programa da candidata deverá conter a partir de agora uma proposta de redução na carga tributária para micro, pequenas e médias empresas, o compromisso de desoneração de investimentos, uma política de agilização do sistema de defesa comercial com geração de empregos, e uma proposta de desburocratização das empresas.
"Para mim é muito importante esse apoio do Partido Popular (sic). A proposta do PP é muito importante", disse Dilma Rousseff em Brasília após almoço com a cúpula da legenda. Oficialmente, no primeiro turno, 22 diretórios estaduais apoiaram Dilma, três - Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul - endossaram a campanha de José Serra e outros dois - São Paulo e Santa Catarina - permaneceram neutros.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, informou que, mesmo com o apoio formal do PP, alguns Estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, precisarão ser "convencidos" de integrar a campanha da ex-ministra da Casa Civil. "Os compromissos do primeiro turno podem ser respeitados. Se algum Estado estava com a campanha adversária isso (o apoio a Dilma Rousseff) não será uma questao fechada. O apoio é um compromisso sem cerceamento da posição pessoal", disse Fortes.
