Um terremoto de 6,5 na escala Richter foi registrado no Acre, na manhã desta segunda-feira. O Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS) informou que o centro do tremor ocorreu a 127 km da cidade de Cruzeiro do Sul, próximo à fronteira com o Peru, e a uma profundidade de 580 km.
Conforme o USGS, a profundidade do abalo evitou maiores danos à população das regiões afetadas. Além disso, apenas efeitos leves devem ter sido notados pelos habitantes de Cruzeiro do Sul.
Esse tipo de terremoto ocorre em placas oceânicas que submergiram há milhões de anos sob a crosta terrestre. As inúmeras camadas de sedimento acabam protegendo a superfície de maiores efeitos do terremoto, segundo o USGS.
O tremor de mais de 6 graus registrado não foi sentido na superfície - possivelmente devido à profundidade de 580 km, disse um porta-voz da Defesa Civil da cidade de Cruzeiro do Sul, que fica a 127 km do epicentro do fenômeno. Segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), o terremoto chegou aos 6,5 graus.
"Não registramos na superfície nenhuma desordem ou dano", explicou à AFP um representante do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul. "Esta zona é sujeita a muitos terremotos; o último de que tivemos notícia aconteceu há 20 dias", afirmou.
Segundo o Observatório Sismológico de Brasília é nessa região que se chocam as placas tectônicas Sul-Americana e Andina, mas os tremores ocorrem à grande profundidade. Em geral, terremotos a mais de 500 km de profundidade não deixam sinais na superfície.
A zona onde foi localizada o epicentro do sismo (a 464 km de Rio Branco, capital do Acre) fica em plena selva amazônica, pelo que se torna difícil verificar qualquer dano material na superfície.
