"> Editorial: Sonho de americano

 

Politica - 13/12/2002 - 12:27:30

 

Editorial: Sonho de americano

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

A sra. Donna Hrinack é uma diplomata americana que viveu alguns anos no Brasil. É dela a frase de que Lula representa o sonho americano. Embora não explicitasse qual, com certeza ela se referia a um dos mais venerados mitos americanos - o do self made man. O que os americanos mais admiram em Abraham Lincoln não é o seu notável desempenho republicano ou seu perfil de estadista, mas o fato de ter sido quando jovem um simples lenhador. A frase da embaixadora se deu ainda no curso da campanha eleitoral brasileira, em seu primeiro turno, e serviu como um apreciável ingrediente na candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Não há dúvida que a eleição de Lula foi o triunfo da esperança e é quase consensual a opinião de que este fator foi o que mais pesou para o sucesso de sua candidatura. O mais difícil vem agora: o novo presidente petista provar que este generoso investimento da grande maioria do eleitorado brasileiro não foi um equívoco. O seu primeiro teste será quando anunciar o seu ministério e os novos titulares do Banco Central. Há uma sensação de que o mundo inteiro está na expectativa deste anúncio para redirecionar novamente para o Brasil os fluxos de capitais que estão interrompidos desde que começou a surgir a primeira onda de desconfiança em torna da eleição e de seu favorito. Para quase todos os analistas econômicos o Brasil tem hoje plenas condições para sair do sufoco e melhorar muito o seu “sistema respiratório”. E isso depende fundamentalmente das escolhas que Lula fizer. Este é um momento delicado e perigoso e mais do que nunca, nem Lula nem o PT podem errar. Há uma percepção de que o novo presidente está mais preocupado em administrar as disputas internas do seu partido e as pressões de seus aliados do que em definir nomes para sua equipe de governo. Mesmo que, por exemplo, a escolha dos novos dirigentes do Banco Central seja feliz, foi um erro descartar a permanência de Armínio Fraga no comando da instituição. Se fosse mantido, isso lhe daria folga para que ele achasse um nome de sua confiança e também do mercado. O novo presidente tem uma larga experiência em administrar as crises internas do PT e as desavenças de suas 48 facções. Com o partido no poder, contudo, a tarefa fica mais difícil. Mais do que com a fogueira das vaidades que incendeia o PT, Lula deveria estar concentrado em dar sinais de que para ele vale mais a competência de seus futuros auxiliares do que as indicações partidárias. O novo presidente sabe, ou deve saber, que se largar mal e perder agora a confiança dos investidores - vitais para o País - dificilmente poderá recuperar o tempo perdido.

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

O mais difícil vem agora. Lula - eleito pela esperança - provar que este investimento do povo brasileiro não foi mais um equívoco

Links

...Continue Lendo...

...Continue Lendo...

Vídeo