O senador Aloizio Mercadante (PT), pré-candidato do governo de São Paulo, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) e sindicalistas das centrais CUT, Força Sindical, CTB e CGTB negaram na sexta-feira (30) terem feito propaganda eleitoral antecipada em favor da pré-candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff.
As defesas de cada um deles foram encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgará, ainda sem data marcada, representação do PSDB. Os tucanos acusam os políticos e dirigentes sindicais de terem feito um ato de campanha em prol da ex-chefe da Casa Civil no dia 10 de abril na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo.
Mercadante, Marinho e os demais integrantes da ação fazem parte do mesmo processo em que o PSDB acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter atuado em favor de Dilma. No evento intitulado "Encontro da Defesa do Trabalho Decente" eles teriam contribuído para a suposta ação ilegal do chefe do Executivo. Pela legislação eleitoral, propagandas de campanha só são permitidas após o dia 5 de julho.
Na defesa apresentada pelo senador Mercadante ao TSE, o parlamentar diz que no evento "jamais fez referência ao pleito de 3 de outubro próximo, não pediu votos, não mencionou número de candidato ou partido, não procurou meio de reverberar sua voz a ponto de torná-la de conhecimento geral do eleitorado".
Ex-ministro das pastas do Trabalho e da Previdência, Luiz Marinho disse que, durante os debates do dia 10 de abril, apenas utilizou sua experiência como sindicalista e ex-integrante do governo Lula para apresentar um balanço das políticas trabalhistas desenvolvidas em São Bernardo, não tendo pedido em nenhum momento votos em prol de Dilma Rousseff.
Entre outros argumentos, as centrais sindicais, acusadas pelo PSDB de incitar os trabalhadores a votarem na candidata petista em outubro, observaram que a presença delas é corriqueira em eventos voltados a discussões sobre o mercado de trabalho e, no caso específico questionado pelos tucanos, "não havia qualquer referência às eleições".
"Não é plausível imaginar que as entidades em questão gastariam tempo e fôlego para fazer propaganda eleitoral junto à sua própria categoria", disse a CUT em sua defesa.
