Iraquianos e soldados dos Estados Unidos começaram a patrulhar conjuntamente as ruas de Bagdá, nesta segunda-feira, a fim de tentar acabar com uma onda de saques que vem assolando a capital desde a queda do regime de Saddam Hussein, informaram fontes militares.
Os iraquianos passaram a acompanhar durante a madrugada, afirmou o capitão Frank Thorp, um porta-voz do Comando Central norte-americano. A população também lançou programas de vigilância de bairros e líderes civis estão se oferecendo para manter a ordem, acrescentou.
"Nós começamos a perceber uma tendência de declínio nos saques", disse.
Na manhã desta segunda-feira, centenas de policiais apresentaram-se em trajes civis e uniformes na Academia de Polícia da capital, em resposta a uma convocação da coalizão para que iraquianos participem das patrulhas conjuntas.
Thorp não soube informar quem eram os iraquianos participando das patrulhas ou se havia entre eles pessoas vinculadas ao Partido Baath, de Saddam.
O capitão disse apenas que são "pessoas interessadas em criar uma infra-estrutura, e desejando uma Bagdá melhor e um Iraque melhor".
"Na medida que os comandantes trabalham nas cidades, estão identificando as pessoas que querem ajudar", acrescentou. "Mas quero enfatizar que ainda apelamos aos próprios iraquianos para que protejam sua cidade, seu país e seu futuro".
O tenente-coronel de Polícia Haitham al-Ani disse que os soldados norte-americanos e os iraquianos usariam veículos diferentes durante as patrulhas e que a Polícia iraquiana não seria autorizada a portar armas, inicialmente.
Saqueadores pilharam e queimaram partes de Bagdá, roubando até inestimáveis tesouros arqueológicos do museu nacional do Iraque. Nesta segunda-feira, a Biblioteca Islâmica de Bagdá foi incendiada.
Mas os saques parecem estar diminuindo, seja porque já não há muito o que roubar, ou devido às patrulhas dos fuzileiros navais, aos postos de controles e aos grupos de vigilantes formados por iraquianos comuns.
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